Hoje, a RFM – numa emissão de 28 horas – junta num único sítio, num único evento, todos os teus artistas preferidos pela acessibilidade à cultura.

Desde as seis da manhã de dia 22 de junho até às 10 horas da manhã de dia 23 de junho, o RFM Sem Olhar a Quem, com o Grupo AGEAS Portugal e a Fundação AGEAS, vai debater as acessibilidades à cultura por todos.

Assim, na época dos festivais de verão e a um mês e meio da Jornada Mundial da Juventude, o tema da acessibilidade para pessoas com deficiência e surdas à cultura e ao mundo dos eventos e dos espetáculos deve ser discutido e assegurado.


Nessa medida, também a Jornada Mundial da Juventude, um evento que vai reunir, em Lisboa, milhares de jovens de todo o mundo, tem as acessibilidades para os peregrinos com deficiência em atenção.


Carmo Diniz esteve com a RFM, nesta emissão especial, e veio acompanhada por Leonor Belo, uma jovem atriz portuguesa com síndrome de Down que realiza o sonho de ser atriz.




De acordo com Carmo Diniz (diretora do serviço pastoral a pessoas com deficiência da Conferência Episcopal de Lisboa e elemento da organização da Jornada Mundial da Juventude), há todo um trabalho em curso no sentido de o acolhimento, que vai ser feito às pessoas com necessidades específicas, durante a JMJ, ter como objetivo tratar todos como um grupo e não em separado, até porque, referiu ainda, o Papa Francisco quer encontrar-se com todos.



É com o foco neste acolhimento integrado que a organização da JMJ está a trabalhar e tem um conjunto de medidas previstas:

- Um mapa dos locais acessíveis para ser utilizado para alocação de peregrinos, mapas de acesso aos vários locais.

- Sinalizações nos grandes eventos (casas de banho, zonas de restauração…), em Jornadas anteriores relataram que o tamanho da sinalética foi reduzido face à complexidade do evento.

- Rede de meios de transporte para pessoas com mobilidade reduzida ou dificuldade de orientação. Qual a capacidade da rede de transportes de Lisboa e Loures? Como colmatar possíveis falhas? Reunir informação para enviar à DC e DAV.

- Ter conhecimento das horas de chegada e partida dos peregrinos com deficiência para facilitar transportes.

- Transportes dentro dos recintos para deslocação de pessoas com mobilidade reduzida.

- Passaporte/credencial de rápido acesso às áreas de grandes eventos para garantir entradas e saídas longe das multidões.

- Alojamento – ter espaços próprios maiores, por tipologia de deficiência, em que as condições são adequadas foi uma boa prática em Jornadas anteriores. Poderá também permitir adaptar melhor a rede de transportes e ter voluntários dedicados com experiência.

- Optar por alojar as pessoas com deficiência em locais já adaptados (centros socais, residências, instituições…) sempre que possível, pois facilita a adaptação dos espaços,

- Nos eventos ter espaços diferentes para tipologias diferentes parece ser uma boa prática. Ajuda a ajustar acessibilidades em função das necessidades.

- Em diferentes Jornadas foi descrita a necessidade de um serviço de reparação de cadeiras de rodas.

- Acessibilidades – ter atenção a acessibilidade a todas as pessoas com deficiência, por norma são sempre garantidas as rampas e equipamento adaptado, mas podemos tornar os espaços, alojamentos, equipamentos sanitários acessíveis a todos. Ter atenção aos contrastes cromáticos, adaptação de maçanetas, sistemas de alarme visual, aderência de rampas e corrimões.

- Disponibilizar apoio logístico a grandes grupos de pessoas com deficiência que se disponham a vir a Lisboa. Por exemplo L’ARCHE tem-se mobilizado para vir em grande grupo.

- Prever o número de voluntários dedicados ao apoio dos peregrinos com deficiência.