A comida portuguesa conta histórias e está recheada de enredos feitos de aventuras, conquistas, audácia e muito engenho.


O “chouriço” que salvou os judeus!

Nasceu da astúcia dos cristãos-novos. No reinado de D. Manuel I (1495-1521), os judeus foram obrigados a converter-se ao cristianismo. Deviam adquirir todos os hábitos dos cristãos incluindo o consumo de carne de porco que não podiam comer! Assim, continuando a guardar os hábitos judaicos, os cristãos-novos começaram a produzir um enchido com pão e carne de galinha, simulando que de um normal chouriço de porco se tratava. Inventaram a alheira e salvaram a sua pele!!


A francesinha que é do Porto
A francesinha é uma sanduíche muito rica em conteúdo: linguiça, salsicha fresca, fiambre, carnes frias e bife de vaca ou porco. É coberta com queijo e regada com um molho de tomate, cerveja e piri-piri. Leva ainda um ovo estrelado em cima e batatas.
Diz-se que quem criou a francesinha foi o minhoto Daniel David Silva que, depois de ter emigrado, trouxe de volta muitas influências francesas.
Como abriu um restaurante, cozinhava este petisco a que chamou francesinha porque dizia: "A mulher mais picante que conheço é a francesa".
Uma outra teoria diz que a francesinha entrou em Portugal com as invasões napoleónicas, porque as tropas francesas costumavam comer umas sandes de pão em fatias, onde colocavam diversos tipos de carne e queijo. O molho terá sido já uma invenção do Daniel David Silva.


O que nos conta o típico tempero “em vinha de alhos”?
Sabia-se que, na Idade Média, o uso de produtos ácidos conservava a carne. O vinho era um desses líquidos. Daqui resulta a famosa “vinha de alhos”, que ainda hoje usamos na preparação e tempero de alguns pratos de carne, mas que começou apenas por ser um método para manter as carnes em bom estado, mergulhando-as em vinho.