É o símbolo da cidade de Lisboa, é linda, é diferente, está rodeada pelas águas do Tejo e tem filas intermináveis de turistas estrangeiros e nacionais para entrar e visitar este ícone da capital.
A principal função da Torre de Belém era defensiva, ou seja, defender a cidade de ataques pelo rio que eram bem frequentes!

Mas, com o andar dos tempos, passou a ter outras funções e, entre elas, chegou a ser um posto de sinalização telegráfico e um farol e foi ainda usada como masmorras para presos políticos.

Quando estás na Torre de Belém tens a sensação de estar dentro de um barco. E é aqui que bate o ponto!
Para além de ter uma forma idêntica a um barco, a Torre de Belém foi construída exatamente no sítio onde estava ancorada uma antiga nau artilhada.

Por outro lado, foi desta zona – da praia do Bom Sucesso – que partiram as primeiras naus portuguesas, para a Índia e para o Brasil, na época dos Descobrimentos. Também foi daqui, naturalmente, que partiu a primeira armada de todas, a que foi comandada por Vasco da Gama e que descobriu o caminho para a Índia, por mar.



A Torre de Belém foi edificada na margem do Tejo e inicialmente estava totalmente rodeada por água.

Com os anos, a areia do rio foi-se juntando à sua roda e a Torre ficou ligada a terra. Começou a ser construída em 1514 e ficou pronta em 1520.

O arquiteto foi Francisco de Arruda e toda a traça do monumento reflete a ostentação em que se vivia, na altura, e era por esta razão um símbolo do poder do rei, um dos mais prestigiados na Europa de então. Isto porque o estilo é o manuelino e conta ainda com influências orientais e mouriscas.

Mas há mais na Torre de Bel
Existe por lá um rinoceronte, ou melhor, a cabeça de um rinoceronte que está do lado de fora de um dos balcões cilíndricos exteriores.

E a história do rinoceronte é esta: em 1515, chegou um rinoceronte a Lisboa, como chegavam vários animais exóticos, das muitas paragens na costa africana, aquando das viagens dos portugueses até à Índia.

O rei D. Manuel I enviou, então, o rinoceronte, juntamente com outros animais, especiarias, tecidos luxuosos, entre muitas outras cosias, ao Papa Leão X para mostrar como era poderoso o Império português e o seu rei.

Sucede que, na viagem até Roma, o barco, onde seguia o rinoceronte, afundou-se. Com sorte e esforço, os portugueses, que com ele viajavam, conseguiram recuperar o corpo do rinoceronte que empalharam para, embalsamado, ser na mesma exibido perante o Papa.

Diz-se que a cabeça deste rinoceronte é a que está esculpida na sacada exterior da Torre de Belém, em homenagem ao dito rinoceronte e, de alguma forma, aos animais exóticos que deambulavam, em Lisboa, na altura excêntrica dos Descobrimentos.

Em 1907, a Torre de Belém foi classificada como Monumento Nacional e, em 1983, foi elevada, pela UNESCO, a Património Cultural da Humanidade.


Faz uma visita à Torre de Belém e tenta, sem cair ao rio, espreitar a cabeça esculpida do rinoceronte. A seguir, vai comer um pastel :) Mereces!