O mundo está em constante mudança devido aos acontecimentos que o marcam e que rompem com muito daquilo que estava dado como certo na história de várias civilizações.


Numa altura em que os protestos contra o racismo, no seguimento da morte de George Floyd, ganham voz em todo o mundo, algumas marcas decidiram alterar palavras e expressões que nos seus produtos ou embalagens podem transmitir preconceitos e estereótipos raciais.


- L’Oréal


A marca francesa decidiu retirar as palavras “branco”, “branqueamento”, “claro” ou “clareamento” dos seus produtos de cuidados para a pele.


- Unilever


A multinacional Unilever decidiu retirar a palavra “Fair” (claro) da marca de produtos para clarear a pele “Fair & Lovely”, muito usado no Sul da Ásia. Este tipo de produtos tem vindo a ser muito criticado por promover estereótipos negativos contra pessoas de pele mais escura.


- Colgate

A Colgate anunciou também que vai repensar a imagem da pasta de dentes Darlie, vendida na China, Filipinas, Tailândia, e outros países asiáticos. O produto mostra uma imagem de um homem negro com uma cartola e um smoking.


- Ramo Imobiliário


Um grupo de corretores de imóveis do Texas decidiu retirar o termo “master” (mestre) das descrições dos quartos, uma vez que este termo pode ser associado à escravatura.


- Panquecas e xaropes “Aunt Jemina”


Muitas críticas recaíram sobre o logótipo da marca que, há mais de 130 anos, é um rosto de uma mulher afro-americana, que trabalhava como ama ou empregada de uma família branca.


- Arroz “Uncle Ben’s”


A Mars, a empresa que detém o produto, está também a repensar no logótipo, que mostra um afro-americano de cabelo grisalho. A empresa já veio a público afirmar que detém a responsabilidade de colocar um ponto final a possíveis preconceitos e injustiças raciais que o produto possa originar.


Para além das várias alterações, muitas marcas uniram-se e demonstraram o seu apoio através de donativos que têm feito para ajudar comunidades afro-americanas.


O racismo é uma questão que tem sido cada vez mais alvo de debate. A sociedade está a ser um reflexo dessa mudança e algumas marcas estão a mudar termos que podem estar associados a preconceitos raciais.


Não podemos mudar a história, mas podemos mudar o presente!