O sucesso da vacinação em Portugal, a forma como os portugueses confiaram na ciência e a crescente libertação das medidas de restrição no país mereceram destaque lá fora. Portugal parece estar gradualmente de volta aos velhos tempos e o The Washington Post fez um artigo onde fala num possível fim da pandemia à vista.
Portugal atingiu a marca que tanto desejava: 85% da população está vacinada e a terceira fase de desconfinamento começou na passada sexta-feira, 1 de outubro. As discotecas e bares reabriram ao fim de quase dois anos e tudo porque "praticamente uma nação inteira confiou na ciência" e "quase já não há pessoas por vacinar", destaca o jornal norte-americano.
Outros dados animadores é o número de mortos causados pela pandemia. O The Washington Post diz que a mortalidade é, nesta altura, “metade da média da União Europeia” e “nove vezes inferior à dos Estados Unidos”.
“Lisboa está triunfante”, concluem. O trânsito está frenético outra vez, as pessoas estão a regressar aos escritórios e a vida noturna renasceu. E, claro, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo não deixou de merecer destaque neste artigo. O jornal descreveu-o como aquele que “levou a sua mensagem noite após noite às televisões portuguesas, vestido em uniformes militares para transmitir uma sensação de guerra”.
Apesar dos rasgados elogios que recebeu nos últimos dias, depois de terminar a sua missão enquanto líder da task-force de vacinação, Henrique Gouveia e Melo frisa que “a guerra só termina quando levarmos as vacinas a todos os países do mundo”. Mais do que uma questão moral, trata-se de uma questão de proteção.
Nada está garantido, como refere a Ministra da Saúde, Marta Temido, e por mais que possamos respirar agora um pouco de alívio, é preciso prudência.
Portugal é um exemplo de sucesso na forma como procedeu à vacinação da população e, agora, cabe-nos a nós continuar o trabalho feito até aqui.