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Há quem diga que não há coincidências! Que tudo tem uma razão para acontecer e que, na verdade, nada acontece por acaso. E depois há quem diga que há, de facto, coincidências e são coincidências das grandes, daquelas que nos embaraçam bastante e, em alguns casos, embaraçam mesmo profundamente.
E é uma coincidência porquê? Porque a probabilidade de estas coisas acontecerem não é assim tão grande. Só que acontecem e nem se sabe bem como, nem porquê! Como é que isto foi acontecer?
Será que algumas destas embaraçosas coincidências já se passaram contigo??
Mesmo vestido num evento, festa ou casamento…
Esta é uma daquelas situações tão, mas tão embaraçosas que nos faltam as palavras para descrever o que se sente quando, no meio de uma festa, onde todos olham para todos, de repente há duas pessoas com dois vestidos iguais. Sim, vestidos iguais. Se forem homens com o mesmo fato ou a mesma gravata não se nota tanto, agora dois vestidos completamente iguais, numa festa ou evento, é muito, muito, muito embaraçoso.
A vontade é – corrijam, se assim não for 😊 – sair a correr dali para fora e mudar imediatamente de roupa! Qualquer roupa! O que interessa é vestir outra coisa. Só que não dá! Estás no meio de um evento, de um casamento ou de uma festa e não há rigorosamente nada a fazer. Mais: toda a gente repara que aquelas duas pessoas têm L-I-T-E-R-A-L-M-E-N-T-E o mesmo vestido! O cúmulo dos cúmulos é quando tu estiveste mesmo para escolher outro vestido para aquela ocasião e, afinal, acabaste por escolher aquele que não devias 😊
Viajas para o estrangeiro e encontras o teu ou a tua ex na mesma cidade…
Lá está, tal como o vestido igual é uma “grande” coincidência! Qual é a probabilidade de, numa cidade fora de Portugal, dares de caras com a tua ou com o teu ex, se na cidade ou na vila onde vives, em Portugal, não te cruzas com ele ou com ela?
Pois, aqui é que bate o ponto. A probabilidade é muito baixa… Só que pode acontecer e esta é uma coincidência muito embaraçosa! Daquelas que – tal como o vestido te pode estragar a festa – te pode arruinar as férias ou, pelo menos, pode tirar-te a concentração na paz e no descanso de que tanto precisavas.
É aquela coincidência que não apetece nada que aconteça.
Presentes iguais à mesma pessoa quando achas que estás a dar uma coisa única...
Sabes quando te empenhas de verdade na procura e na compra de uma presente especial e único para a tua melhor amiga, para o teu namorado, para um afilhado…? Quando pensas e matutas e encontras “o” presente e não esperas a hora de ver a cara do presenteado a abrir o embrulho e a achar que aquilo que recebeu é mesmo especial e fica contente porque só tu é que te lembraste daquele presente em específico?
Pois agora, nessa mesma festa de anos ou nesse mesmo jantar de Natal, alguém oferece rigorosamente o mesmo que tu! É basicamente passar de um pico de entusiasmo e até adrenalina para um vale sombrio de desilusão. Aqui não chegas a ter vontade de te esconderes – como na situação do vestido igual! Não há situação que bata a do vestido igual!! – mas uma ligeira vontade de desapareceres durante uns minutos sim e há dúvidas de que o almoço ou jantar te caiam bem!
Ouvir alguém a falar de um amigo ou colega de trabalho, num restaurante, na mesa ao lado...
Vamos ver, Portugal é pequeno e as pessoas conhecem-se. Não é em vão que se diz “que o mundo é pequeno e Portugal uma ervilha”. Esta é uma também rara coincidência que certamente já te aconteceu, pelo menos uma vez na vida.
Mas que coincidência, de facto, esta! Estás num restaurante ou numa esplanada ou até na praia e alguém, mesmo ao teu lado, está a comentar, a falar ou até a dizer mal de alguém que tu conheces bem. E essa pessoa que está a comentar esse teu amigo ou colega ou familiar não faz a mais pálida ideia de que mesmo ao pé está alguém que a ou o conhece. É mesmo quase 1 probabilidade em milhões. É uma grande coincidência. E é embaraçosa! Por um lado, apetece-te dizer que és amigo, colega ou familiar da pessoa que é alvo da conversa ao lado. Por outro, não te apetece entabular conversa com um desconhecido ou desconhecida só para dizer “desculpe, mas está a falar da minha melhor amiga…”
Resultado: em princípio não dizes nada e a situação embaraçosa fica ali a gratinar… ou então afastas-te… Só que, ao mesmo tempo, quem é que resiste a não ouvir até onde são capazes os outros de falar de alguém que tão bem conheces?!
