Ingressou no circo aos nove anos e de lá nunca mais saiu! Victor Hugo Cardinali deu os primeiros passos com números de bicicletas e monociclos e, mais tarde, dedicou-se aos animais, tendo sido domador de leões até há poucos anos, de acordo com o site oficial.


É um empresário muito conhecido dos circos portugueses e esteve, esta quarta-feira, à conversa com Manuel Luís Goucha sobre a sua vida e carreira.


Um dos principais temas que norteou a entrevista foi a dedicação de Victor Hugo Cardinali ao circo e, inevitavelmente, Manuel Luís Goucha tocou na proibição de animais nestes espetáculos. Esta lei surgiu em 2019 e decretou "o fim da utilização de animais selvagens pelos circos até 2025", de acordo com o site da República Portuguesa.


Em relação a este tema, Manuel Luís Goucha questionou, em primeiro lugar, Victor Hugo Cardinali sobre se considera o Cirque du Soleil um circo. O convidado considerou que se trata de um espetáculo de "artes circenses" e não um circo. E acrescentou que, pelo facto de não existirem animais no Cirque du Soleil, sabe de crianças que foram assistir a um dos espetáculos e questionaram os pais sobre "quando é que começa o circo?".


Victor Hugo Cardinali defendeu o circo tradicional, com animais, e criticou a lei aprovada em 2019. O empresário deu um outro exemplo de "crianças que choram quando saem do circo porque não veem os leões".


Manuel Luís Goucha perguntou diretamente a Victor Hugo Cardinali como viu a aprovação da lei, ao qual o próprio respondeu que ficou "triste" "porque eu no circo não gosto de ser o patrão nem o empresário. A mim movia-me ter um circo como os outros países da Europa e consegui".


Por falar nos outros circos espalhados pela Europa fora, destacando o de Monte Carlo, no Mónaco, Victor Hugo Cardinali referiu que "todos os países da Europa respeitam o circo como é... Portugal nem pensar!".


Podes ver este momento aqui!



Apesar da aprovação da lei, a proibição definitiva de animais nos circos entra em vigor em 2025. Existem circos que ainda os têm, como é o caso de Victor Hugo Cardinali, que conta ainda com cavalos e camelos nas apresentações.



(Imagens: Reprodução de vídeo)