Foi em novembro de 2020 que Cristina Ferreira lançou um livro com um título polémico e "com conteúdo chocante", tal como se lê na sinopse do mesmo.


A diretora de entretenimento e ficção da TVI foi e é alvo de muitas críticas e de comentários negativos e, por isso, decidiu reuni-las num livro, onde argumenta que "a difamação, a injúria e a violência verbal gratuitas não podem ser normalizadas".


Perante o lançamento deste livro, que, desde logo, reuniu muitos aplausos, Cristina Ferreira lançou uma petição pública "contra o ódio e a agressão gratuita na Internet". Com ela, conseguiu reunir mais de 50 mil assinaturas, pelo que levou o assunto à Assembleia da República, onde esteve ao lado de vários "representantes dos vários partidos com assento" parlamentar.


Esse momento, que a própria descreveu como "um dia importante", aconteceu esta quinta-feira.



Na Assembleia da República, Cristina Ferreira explicou que a petição é fruto da sua "experiência pessoal em relação às redes sociais e à forma como elas, hoje em dia, se encontram" e apontou o dedo ao facto de as "caixas de comentários" estarem "à nossa disposição de forma livre e aberta", onde "este tipo de comentários existe".


A apresentadora da TVI questionou "se isto acontecesse fora das redes sociais, o que aconteceria? De que forma estas pessoas se poderiam queixar?", realçando um "sentimento de impunidade" que existe.


Perante a sua exposição no Parlamento, Cristina Ferreira pediu a criação de uma entidade reguladora das redes sociais a quem os utilizadores destas plataformas se possam dirigir quando se sentem "injuriados e difamados". E não só!


A diretora de entretenimento e ficção da TVI pediu ainda que "isto se estenda também à forma como hoje em dia os sites que existem no mercado, e muitos deles com milhares de seguidores, possam ser regulados, às vezes, até cancelados". Continuou dizendo que "nem devia haver liberdade de estarem presentes numa rede social porque, muitas das vezes, fazem um trabalho que nada está colado ao jornalismo e eu para que saibam sou licenciada em ciências da comunicação (...), portanto, eu melhor que ninguém sei por que regras se devem gerir".


Se houve muitos aplausos e elogios à tomada de posição de Cristina Ferreira, na sua publicação, onde se lê, por exemplo, comentários de Rita Pereira, Flávio Furtado e Toy, houve também quem lhe apontasse, mais uma vez, o dedo.


Principalmente, no Twitter, foram alguns aqueles que partilharam excertos das intervenções de Cristina Ferreira na Assembleia da República e a criticaram.



Alheia às críticas e aos julgamentos, Cristina Ferreira mostrou-se feliz por esta conquista e contou ainda que a petição vai para "plenário em breve".


Nas palavras da diretora de entretenimento e ficção da TVI, "a necessidade de debate e regulamentação foi referida por todos como premente e, por isso, avançar para plenário deixa-me profundamente feliz e convicta de que a minha voz está a ser usada num tema da mais profunda relevância social".



(Imagens: Instagram)