Se te perguntarem do que é que precisas para considerares que tens uma vida boa, a resposta até pode parecer fácil. Certo é que, segundo um estudo, é uma questão bem mais complexa de analisar e determinar. E, neste caso, foram precisos 80 anos para chegar a uma conclusão.

O “Estudo de Harvard sobre o Desenvolvimento Adulto” começou em 1938 em Boston, Estados Unidos, onde os primeiros participantes (originais) foram analisados desde a nascença até à morte ao longo de 84 anos.

A pesquisa tem o exato propósito de analisar pessoas e, posteriormente, determinar o que as faz serem felizes ou não, como avança o sapo.

Os autores do estudo determinaram que, para além do “bem-estar, prosperidade e florescimento” e “sucesso financeiro ou profissional”, é preciso ter muita consideração pelas relações pessoais.

Um dos mitos que o estudo analisou foi “a ideia de felicidade é algo que se alcança” e que rapidamente concluiu que “é óbvio que as coisas não funcionam assim”.

A eudemonia, termo usado por Aristóteles no século IV a.C., “refere-se a um estado de profundo bem-estar em que a pessoa sente que a sua vida tem significado e propósito” e é uma ideia muito defendida no estudo.

O estudo explica que “a felicidade eudemónica (aquela que não é apenas temporária, ou seja, estarmos felizes por acontecer algo bom na vida durante aquele tempo – felicidade hedónica) é aquilo a que nos referimos quando dizemos que a vida é boa”.

Portanto, aquilo que sustenta o sentimento de uma vida boa, segundo o estudo, está no sentimento de bem-estar de cada um que, por seu lado, se prende com o facto de a vida ter um significado e um propósito.