Todos erramos, é certo. Só que há erros que podem sair bem caros, como este. A intenção era a melhor, uma das mais originais, e tinha tudo para dar certo ou não se fossem enganar no país em questão que queriam divulgar.

Trocando por miúdos, o Ministério do Turismo de Itália quer atrair mais turistas para o país e fez uma campanha para o divulgar, que custou 9 milhões de euros.

Um investimento chorudo que poderia ter o seu retorno. No entanto, nem tudo correu como o previsto. Em vez de apresentarem imagens de Itália, no vídeo, apareceram antes imagens de pessoas na Eslovénia e a beber vinho esloveno.

Um erro que não passou despercebido a ninguém e que já é alvo de crítica e de chacota nas redes sociais.


No vídeo, surge uma versão computadorizada da deusa Vénus, um símbolo da arte italiana, enquanto influenciadora. Tal como descreve o The Guardian, Vénus aparece de minissaia, a comer pizza e a mostrar algumas das principais atrações turísticas de Itália, como o Coliseu de Roma ou a catedral de Florença.

Até aqui tudo certo.

Só que, a dada altura, surge um grupo de amigos a desfrutar de um pátio, num dia de sol e a beber vinho. Aquela que poderia ser uma paisagem italiana, era no fundo um cenário da Eslovénia e o vinho, que aparece em cima da mesa, é esloveno.



Uma vez na internet, para sempre na internet. Apesar de o vídeo ter sido retirado das redes sociais, a polémica já está instalada. O historiador de arte Tomaso Montanari chamou a campanha publicitária de "grotesca" e um desperdício de dinheiro "obsceno" - afinal a campanha custou 9 milhões de euros.


A ministra do turismo italiana, Daniela Santanche, já reagiu publicamente e desvalorizou o erro. Segundo o The Guardian, Santanche chamou os críticos do vídeo de "snobes" e disse que a representação de Vénus como uma influenciadora visava atrair os mais jovens.