Foram 28 horas incríveis!
Que honra, que orgulho, que privilégio poder despertar consciências, envolver tantas pessoas e trazer felicidade e inclusão a centenas de outras!
A RFM fez uma emissão contínua de 28 horas - o RFM Sem Olhar a Quem - desde as 6h da manhã de 22 junho até às 10h da manhã de 23 de junho, no jardim do Campo Pequeno, em conjunto com o Grupo Ageas Portugal e com a Fundação Ageas, com muitos artistas e agentes da cultura.
Tudo para colocar em debate a inclusão de todas as pessoas nos espetáculos e eventos que organizam e em que participam.
Vários exemplos disso mesmo são os eventos organizados por Luís Montez, diretor da promotora Música no Coração, entre os quais, o MEO Sudoeste, onde existe bilhete de acompanhante, a Jornada Mundial da Juventude, que está quase aí à porta e está pronta para receber todas as pessoas, inclusive aquelas que têm deficiências ou incapacidades, e também o RFM Somnii, que segue o mesmo caminho com várias acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida.
O acesso à cultura e ao entretenimento é um direito de todos. Apesar disso, a realidade de muitas pessoas, no dia a dia, prova que a acessibilidade à cultura e ao mundo dos espetáculos continua a ter obstáculos e a precisar de desenvolvimentos.
A prova disso mesmo foi o testemunho que Catarina Oliveira, formadora para a diversidade e inclusão, embaixadora da Associação Salvador e formadora na empresa AccessLab, entre várias outras profissões, deu ao Café da Manhã da RFM, na manhã de dia 23 de junho, a quem referiu que as pessoas com deficiências ou incapacidade podem "fazer tudo, apesar dos obstáculos que nos põem à cadeira de rodas".
Despertar consciências para este assunto, incluir todos em tudo, proporcionar acessibilidades em festivais, eventos e concertos, conseguir mais avanços em todas estas áreas foi o grande desafio da RFM, juntamente com o Grupo Ageas Portugal e com a Fundação Ageas, que fez destas 28 horas de emissão contínua um sucesso.
Viveram-se momentos especiais e até emocionantes como foi o caso de uma visita de pessoas da Comunidade Surda, que impactaram os artistas pela forma como sentiram e vibraram com as músicas.
Foi um orgulho e uma honra ter tantos artistas connosco, tantos agentes do mundo do espetáculo e tantos ouvintes e seguidores da RFM!
10,9% da população portuguesa, de acordo com o Censos 2021, vive com alguma deficiência ou incapacidade. Entre os vários conceitos que a deficiência engloba, como visual, motora e as pessoas surdas ou com algum grau de deficiência auditiva, é necessário que exista, em qualquer evento, acessibilidades.
Só que este é um caminho longo e em constante desenvolvimento. Em eventos culturais, concertos e festivais, é necessário que exista uma série de condições para que as pessoas com deficiência consigam estar presentes.
Acessibilidade devia ser sinónimo de inclusão. Para isso, é preciso ter corredores de acesso, amplos, que permitam a locomoção de pessoas com deficiência motora, nos mesmos espaços por onde passam as pessoas sem deficiência motora.
É preciso ter casas de banho adaptadas, que não sirvam de arrumação (é verdade, muitos são os espaços que têm casas de banho adaptadas usadas como arrecadação).
É preciso ter intérpretes de Língua Gestual Portuguesa (LGP) e legendas automáticas em espetáculos, para que as pessoas surdas ou com algum grau de deficiência auditiva possam perceber o que está a ser dito (e assim sentirem o espetáculo).
É preciso ter audiodescrição, para que as pessoas com deficiência visual possam acompanhar o espetáculo e vibrar com ele.
E muito importante: é preciso que cada vez mais promotores de espetáculos instituam o bilhete de acompanhante, um bilhete que garante que pessoas com algum tipo de deficiência, que precisem de outro alguém para lhes dar apoio, num espetáculo, possam vibrar com o mesmo, sem terem de pagar um bilhete extra.
Muito está dito neste texto, mas este é um tema que não se esgota aqui.
E for por tudo isto e pelas pessoas que ainda enfrentam barreiras quando vão a concertos ou a espetáculos que a RFM, o Grupo Ageas Portugal e a Fundação Ageas dedicaram uma emissão especial de 28 horas em prol do debate da acessibilidade de pessoas com deficiência e surdas à cultura.
Foram 28 horas intensas e recheadas de boa música!
A RFM conseguiu reunir, nesta emissão muito especial, mais de 30 convidados, que foi possível ver e ouvir a partir dos jardins do Campo Pequeno.
Dia 22 de junho
Artistas/Agentes da cultura:
7h - 5ª Punkada ; 7h30 - Jwana Godinho e Tiago Fortuna (Access Lab - empresa que trabalha o acesso de pessoas com deficiência e surdas à cultura e ao entretenimento)
8h - Beatriz Rosário ; 8h30 - Luís Montez (diretor da promotora Música no Coração)
9h - Matias Damásio ; 9h30 - João Machado (presidente da Fundação Ageas)
10h - João Pedro Pais ; 10h30 - Álvaro Covões (diretor-geral da Everything is New)
11h - Pedro Mafama ; 11h30 - Roberta Medina (vice-presidente do Rock in Rio)
12h - Nena ; 12h30 - Daniel Gonçalves (presidente da Junta de Freguesia de Avenida Novas)
13h - Syro ; 13h30 - Carmo Diniz (Jornada Mundial da Juventude)
14h - Bianca Barros ; 14h30 - Paulo Dias (diretor-geral da UAU Produtora)
15h - D.A.M.A. ; 15h30 - Vasco Sacramento (diretor-geral da Sons em Trânsito)
16h - Anjos ; 16h30 - Sandra Faria (intérprete de língua gestual portuguesa da Hands Voice)
17h - Áurea ; 17h30 - Teresa Thobe (responsável de comunicação externa e marca do Grupo Ageas Portugal)
18h - Calema ; 18h30 - Tiago Castelo Branco (diretor executivo da MOT, empresa que organiza o RFM Somnii)
19h - David Carreira ; 19h30 - Jorge Vinha da Silva (CEO da Altice Arena)
20h - Átoa ; 20h30 - Marta Vitorino
21h - Maninho ; 21h30 - Rui Catarino (diretor do Teatro Nacional D. Maria II)
22h - D’ZRT ; 22h30 - Pedro Tochas
Dia 23 de junho
Artistas/agentes da cultura:
7h - Fingertips ; 7h30 - Catarina Oliveira (Access Lab)
8h - Noble ; 8h30 - Diogo Moura (vereador da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa)
9h - Fernando Daniel ; 9h30 - António Mendes (diretor da RFM)
Estivemos todos juntos a despertar consciências para a acessibilidade à cultura das pessoas com deficiência e surdas.
Esta emissão foi a prova de que não podem existir limites ou barreiras e que, em conjunto com os artistas e com os promotores de espetáculo, é possível fazer ainda mais. Foi dado um enorme passo para melhorar a cultura em Portugal!