Ter um carro, nesta cidade, é um verdadeiro luxo. Aqui, o ato de conduzir é reservado para os verdadeiros magnatas, dado os valores astronómicos. Ora atenta: só a licença para o ter custa 72 mil euros, fora depois o preço do próprio carro e o custo de manutenção. E enganas-te se pensas que os custos pararam por aqui.

A licença - sim, aquela que custa mais de 70 mil euros - é válida apenas por 10 anos. Além disso, é apenas para ter o direito de comprar um carro padrão da Categoria A, com um motor de pequeno a médio porte, de 1.600 cc ou menos. Quem quiser algo maior e mais vistoso, por exemplo um SUV, a licença de categoria B custa entre 97 mil a 101 mil euros.


Surpreendido com os valores? Então, já sabes, se um dia fores até Singapura e vires um carro, sabes que aquele condutor teve de desembolsar e muito para o ter. O controlo do trânsito e a preocupação em reduzir as emissões são uma prioridade em Singapura, que combate estas restrições com uma impressionante rede de transportes públicos.



Singapura já tem a fama de ser das cidades mais caras do mundo e a prova está à vista. Nos últimos anos, a crescente inflação, o aumento dos custos da habitação e o abrandamento da economia têm tornado cada vez mais difícil para a população suportar um estilo de vida confortável. Por outro lado, há quem defenda esta política. O que é certo é que o trânsito de Singapura destaca-se dos restantes países do Sudeste Asiático por ser muito menos caótico e mais controlado.