Foi na semana passada que se soube que a mais recente Miss Portugal é Marina Machete, uma hospedeira de bordo de 28 anos.


A sua eleição, que a vai levar a representar Portugal, em novembro, em El Salvador, no concurso Miss Universo, está a dar que falar. Isto porque Marina Machete se trata da primeira mulher transgénero a ser distinguida com este título.


Nas redes sociais, foram vários os comentários e o ódio dirigido a Marina Machete e ao próprio concurso que a elegeu. Entre eles, está a psicóloga Joana Amaral Dias, que fez uma publicação que está igualmente a dar que falar.


No seu texto, Joana Amaral Dias escreveu que foi "um homem [que] ganhou o concurso de Miss Portugal, um homem disfarçado de mulher ou mascarado ou operado, mas um homem".


A psicóloga continuou e afirmou que "um homem decide parecer mulher e, pouco depois, já aparenta ser uma mulher mais magnética, deslumbrante e perfeita do que qualquer mulher XX, que nasceu mulher, tem experiência como mulher toda a sua vida".


Entre várias outras frases que escreveu, Joana Amaral Dias terminou o seu texto dizendo: "E não venham com tentativas de silenciamento e exclusão, insultando quem isto denuncia de homofóbico, transfóbico, intolerante, anacrónico. Se a invasão dos homens nas esferas das mulheres e se o esbulho dos nossos talentos, méritos ou dons não é machismo, patriarcado, opressão, então o que será?!".


Poucos ficaram indiferentes ao texto de Joana Amaral Dias, que foi alvo também de várias críticas.


Na caixa de comentários, sucedem-se comentários e comentários a criticarem as palavras da psicóloga, entre os quais, o de Catarina Furtado, que escreveu: "Que tristeza. A ignorância de quem tira cursos superiores".


Além de Catarina Furtado, também Luís Borges e Zé Manel, dos Fingertips, criticaram Joana Amaral Dias, que lhe disseram que "as barras lhe estão a fazer mal à cabeça" e que é "pequenina".



(Imagens: Instagram)