Depois dos protestos dos agricultores em França, Bélgica, Espanha e Alemanha, chegou a vez dos agricultores portugueses se insurgirem e pedirem melhores condições de trabalho.


Esta quinta-feira, marca o primeiro dia deste protesto sem fim à vista. Os agricultores portugueses decidiram unir-se à causa, bloqueando estradas de norte a sul do país. O movimento, descrito como "espontâneo", tem como objetivo principal exigir melhorias nas condições do setor primário em Portugal.


O protesto, iniciado durante a madrugada, não tem data para terminar. É até que estejam reunidas todas as condições para fazer justiça a este setor que tanto nos dá. António Saldanha, um dos porta-vozes do Movimento Civil para a Agricultura, destaca à Renascença a necessidade urgente do pagamento de valores devidos pelo Estado português e a garantia de uma estabilidade futura no setor.



Já foi anunciado pela ministra Maria do Céu Antunes mais de 400 milhões de euros em apoios para a agricultura em resposta aos protestos. No entanto, Saldanha responde que os produtores não podem sustentar as suas atividades com promessas e exigem ações concretas.


Para além da luta por melhores condições de trabalho, estes agricultores querem dizer ao país "que existem" e que é imperativo fazer algo por eles. Como resultado, para se fazerem ouvir, os agricultores estão a cortar estradas de norte a sul do país e junto da fronteira, afetando camionistas espanhóis, que estão a ser impedidos de entrar em Portugal.