Com a popularidade do Monte Evereste, são cada vez mais os alpinistas que se desafiam a subi-lo.

No entanto, com mais entusiastas do alpinismo a tentar escalar a montanha mais alta do mundo, as rotas que conduzem até ao topo foram inundadas com lixo como garrafas de plástico, latas, embalagens de alimentos e garrafas de oxigénio descartadas.

E não só, na verdade...

Na ausência de gelo e de neve, fica à vista (e ao cheiro) de todos as fezes que se encontram no Monte Evereste. Sim, isso mesmo!

Para terminar de vez com as queixas de mau cheiro, o município rural de Pasang Lhamu, que cobre a maior parte da região do Evereste, alterou as regras.

Os alpinistas, que se aventurarem a subir esta montanha, vão ter de comprar e levar um saco para recolher e guardar as suas fezes.

O objetivo é que tragam, mais tarde, o saco para o acampamento base para ser descartado.



Nos dias que correm, grande parte dos alpinistas cava um buraco, na neve, para fazer as suas necessidades fisiológicas. Só que, quanto mais sobem, mais locais sem neve encontram, por isso acabam por fazê-las em qualquer lado.

E é por isso que o responsável local, Mingma Sherpa, explicou, em declarações à BBC, que as montanhas "começaram a cheirar mal", uma vez que as temperaturas extremas intensificam os excrementos lá deixados.

"Estamos a receber reclamações de que as fezes humanas são visíveis nas rochas e que alguns alpinistas estão a adoecer. Isto não é aceitável e destrói a nossa imagem", disse.

As fezes dos alpinistas incluem-se no lixo que é encontrado no Monte Evereste, sendo este um grande problema.

O CEO de uma das organizações não governamentais que opera na região, a Sagarmatha Pollution Control Committee, acredita "que existam cerca de três toneladas de excrementos humanos entre o campo um, no sopé da famosa montanha, e o quatro, perto do cume", tal como disse à BBC.

Por essa razão, o Monte Evereste já é conhecido como "a casa de banho a céu aberto", de acordo com Stephan Keck, um guia de montanha.