O Governo anunciou, esta terça-feira, dia 14 de maio, que vai avançar com a construção de um novo aeroporto da região de Lisboa. O sítio eleito para tal é Alcochete, no Campo de Tiro, a 45 km de Lisboa, e segue a recomendação da Comissão Técnica Independente (CTI), feita em dezembro de 2023.


A decisão levou cerca de cinco décadas a ser tomada, mas o consenso chegou e foi anunciado pelo Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, em conferência de imprensa. O novo aeroporto vai chamar-se Luís de Camões, conta com um investimento esperado de 6.105 milhões de euros e deverá estar concluído em 2034.

O objetivo, no entanto, é que o Aeroporto Luís de Camões substitua integralmente o Aeroporto Humberto Delgado, no futuro.

"A opção por um único aeroporto permite mitigar o impacto ambiental e social na região de Lisboa, uma vez que a solução de dois aeroportos duplica os efeitos ambientais negativos e a solução única se localiza em zonas com baixa densidade populacional", destaca o executivo.


O nome, Luís de Camões, acabou por gerar muitos comentários hilariantes nas redes sociais.



Para além deste anúncio, foi também divulgado que o Governo decidiu mandatar a Infraestruturas de Portugal para a conclusão dos estudos de construção de uma terceira ponte sobre o Tejo, para ligar Chelas ao Barreiro.

Também as linhas de alta velocidade Porto-Lisboa e Lisboa-Madrid estão incluídas, de forma a serem uma alternativa ao transporte aéreo.


Durante a conferência de imprensa, Montenegro disse que Alcochete “garante margem de expansão física” da infraestrutura, o que permite receber “praticamente o triplo” dos passageiros que aterram anualmente no aeroporto de Lisboa.

Também a proximidade ao centro de Lisboa e às principais vias rodoviárias e ferroviárias, em comparação com as restantes opções, foram sublinhadas pelo Governo.


Em 2008, Alcochete já tinha sido dada como a melhor opção para a construção de um novo aeroporto internacional, pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

"Estas decisões são apenas o resultado de 32 dias de trabalho governativo após a investidura no parlamento, um ritmo que vai continuar intenso", afirmou Montenegro.