O Japão parece ter descoberto o segredo para um sorriso perfeito.

Não estamos a falar de dentes brancos e perfeitos e sim da dentição completa de uma pessoa, mais concretamente como ter todos os dentes sem recorrer a implantes.


Cientistas em Osaka, no Japão, estão a trabalhar num medicamento inovador que permite que os dentes voltem a crescer.


A equipa de investigadores do Hospital Kitano conseguiu, após vários anos, isolar e desativar o gene que inibe o crescimento dos dentes.

Os primeiros testes já começaram a ser feitos e não foram observados efeitos secundários.


Os ensaios clínicos em humanos do “primeiro medicamento para a regeneração dentária” devem começar ainda este ano, em setembro, e vão prolongar-se até agosto de 2025, de acordo com informação avançada pelos cientistas, divulgada a 2 de maio.


Falta agora luz verde para avançar. Assim que a segurança do medicamento for confirmada, o primeiro passo é administrá-lo, por via intravenosa, a doentes com falta congénita de uma dentição completa, de acordo com Katsu Takahashi, chefe do departamento de odontologia e cirurgia oral do Hospital Kitano, em declarações ao jornal japonês “The Mainichi”.

Caso os tratamentos se mostrem conclusivos, o medicamento deve ser comercializado, pelo menos no Japão, em 2030.


Esta primeira fase será feita em indivíduos saudáveis, a quem falte pelo menos um dente posterior – 30 homens entre os 30 e os 64 anos.

O passo seguinte já envolve pacientes com deficiência dentária congénita. Nesta etapa, os investigadores vão limitar os participantes àqueles com idades entre os 2 e os 7 anos que não tenham pelo menos quatro dentes desde o nascimento.


Com esta solução, os investigadores podem estar mais perto de resolver o problema da deficiência dentária congénita que afeta cerca de 1% da população e a oligodontia – a ausência de seis ou mais dentes – que se acredita ser hereditário e afete cerca de 0,1% da população.


Os cientistas japoneses já chegaram longe com esta novidade, mas querem atingir novos patamares. No futuro, acreditam ser possível alargar o tratamento a pessoas que perderam dentes devido a cáries ou lesões.