Já reparaste como parece que o Natal chega mais cedo a cada ano? Estamos em outubro e, de repente, já sentimos o cheiro a Natal. Seja porque as decorações natalícias estão a chegar às lojas e supermercados, seja porque já se veem vídeos sobre o Natal, e na loucura há quem já queira fazer o sorteio do amigo secreto.


Pode até parecer que o Pai Natal está a correr contra o calendário, mas o que está realmente em jogo é a nossa perceção do tempo.


Quando éramos crianças, os dias até ao Natal pareciam intermináveis. A ansiedade pelos presentes e a magia da festa tornavam o mês de dezembro quase insuportavelmente longo. Já na vida adulta, o cenário muda. Reuniões de fim de ano, compras de presentes e prazos apertados fazem com que o tempo voe. Antes de piscarmos os olhos, já estamos a pensar nas rabanadas e nos amigos secretos.

Essa sensação de que o Natal chega mais rápido tem uma explicação científica.
O tempo, à medida que envelhecemos, parece passar mais depressa. Psicólogos, citados pela BBC, explicam que, quando somos crianças, tudo é novidade. Estamos a viver novas experiências, o que faz com que o tempo pareça alongar-se.
Já os adultos, presos na rotina, têm menos eventos novos e, por isso, o tempo parece acelerar. O cérebro regista menos momentos únicos, o que dá a sensação de que os meses estão a passar a voar.

E, claro, o fator comercial também dá uma ajudinha! As lojas começam a exibir decorações natalícias cada vez mais cedo, o que reforça a impressão de que o Natal nos atropela.

Essa mistura, de rotinas, bombardeamento comercial e a aceleração do tempo psicológico, faz-nos sentir que o Natal não espera.