Quem é que gosta de despedidas? Ninguém, certo? Lidar com aquele aperto no peito de saber que não verás, durante alguns meses, aquela pessoa que te é tão querida não é uma experiência agradável. Os abraços e as lágrimas não ajudam a colmatar a saudade que sentirás, assim que a outra pessoa virar costas para ir apanhar um avião, mas pelo menos ajudam a mostrar à pessoa o quanto gostas dela e dão aquele conforto ao coração.


Os aeroportos estão repletos desses abraços e lágrimas de despedida. Agora, imagina teres um tempo limite para abraçares o teu ente querido na despedida? É isso que está a acontecer no aeroporto de Dunedin, na Nova Zelândia. Os abraços de despedida não devem demorar mais do que três minutos. Para despedidas mais longas, o lugar indicado é o parque de estacionamento, refere a sinalética colocada na zona de partidas do aeroporto.



Segundo o diretor executivo do aeroporto, Dan De Bono, em entrevista ao The Guardian, a medida é uma forma gentil de manter o fluxo normal do aeroporto, nas zonas de partidas. Afinal, é importante "dar espaço aos outros", especialmente quando há uma fila crescente de pessoas a tentar chegar ao portão de embarque sem ter de contornar um casal agarrado a chorar como se estivessem numa comédia romântica.


Só que o que esta medida tem de praticidade, também tem de insensível. Afinal de contas quem quer ter o tempo contado no momento de despedida? Claro que esta medida gerou reações mistas. Uns acham que 3 minutos é o suficiente para um abraço rápido, uma lágrima discreta e um "fica bem". Outros, porém, estão indignados: "Como é que alguém pode definir o tempo de um abraço?".


A questão agora é: será que os neozelandeses vão começar a treinar abraços eficientes e emotivos dentro do limite de tempo? Ou veremos despedidas em massa no parque de estacionamento, onde não há limite para os sentimentos?