A internet, nomeadamente as redes sociais, vieram dar palco a todos nós. Somos ouvidos, partilhamos opiniões com pessoas que não conhecemos, e temos liberdade para abordar qualquer temática.


E é esta liberdade que nem sempre é entendida e bem gerida por todos nós. Há uma linha que separa uma crítica de um discurso de ódio e é precisamente esta separação que gera muita controvérsia.

Somos de uma era do imediato, da inovação, do ser-se livre e de não ter medo de expressar um pensamento ou opinião, mas também somos de uma era onde se julga mais e não se tem problemas em mostrá-lo por detrás de um perfil virtual e, por vezes, não se procura o cerne da questão nem se pesquisa a "história" toda.



Por isso, o Governo avançou que vai monitorizar discursos de ódio nas plataformas online. A ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, disse que o objetivo é perceber a forma de propagação deste discurso, as mensagens que contém, identificar autores, monitorizar processos de queixas, entre outros aspetos.


Este tema acabou por gerar alguma polémica. É importante definir o que é a liberdade de expressão e o que a ultrapassa. Vivemos em comunidade e o mais importante de tudo é saber respeitarmo-nos enquanto seres individuais, com valores e linhas de pensamento diferentes. E ter sempre presente que a nossa liberdade termina onde começa a dos outros.