A máscara é o novo acessório que marca o ano de 2020 e tem sido um dos mais fortes escudos contra o coronavírus. Com mais ou menos polémica a favor ou contra o uso da máscara, uma coisa é certa: há cada vez mais evidências sobre a sua eficácia para prevenir a transmissão do vírus.
Robert Redfield, diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, liderou um estudo que sugere que o uso universal de máscaras cirúrgicas ajudou a reduzir a taxa de infeção por coronavírus entre os profissionais de saúde do sistema de saúde de Mass General Brigham, em Massachusetts, Estados Unidos.
Um outro episódio, que demonstra o poder da máscara, aconteceu num salão de cabeleireiro em Springfield, no estado do Missouri. A história, retratada num relatório do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), dá conta que as duas cabeleireiras, que tinham Covid-19, tiveram contacto com 140 pessoas e foi o uso diário de máscara que as impediu de infetar os clientes.
As autoridades de saúde monitorizaram as 140 pessoas que estiveram em contacto com as profissionais e nenhuma apresentou sintomas ou testou positivo nas duas semanas que se seguiram à visita ao salão de beleza.
Além disso, este estudo constatou que a máscara cirúrgica é mais eficaz do que as de algodão de duas camadas ou de uma camada e que a eficácia diminui à medida que as máscaras são mais finas. As máscaras feitas em casa devem ter pelo menos três camadas para prevenir a transmissão do vírus e o tecido preferencial é o algodão.
A questão que agora se impõe é: será que a máscara também deveria ser usada na rua? Esta medida já foi decretada em 160 países, incluindo parte do território português. A Madeira é a primeira região portuguesa a avançar com esta regra, de forma a reduzir a transmissão do coronavírus.