O início do próximo ano letivo aproxima-se a passos largos e pais, alunos e professores ultimam os pormenores que faltam. Se nos anos anteriores, as preocupações principais eram com o material escolar, os horários e as turmas, este ano os cuidados e as inquietações são outras.


Depois de a comunidade escolar se ter adaptado ao ensino à distância, com a ajuda indispensável dos pais, durante os últimos meses do ano letivo anterior, o próximo, que começa entre 14 e 17 de setembro, vai contar com as regras e as medidas de prevenção necessárias para evitar possíveis contágios de Covid-19.


Numa altura em que muitos agrupamentos estão a concluir os planos de funcionamento e de contingência, de acordo com Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), existem já medidas globais definidas a implementar em todas as escolas do país. Estas são:


  • O ensino vai começar presencial, mas em qualquer momento pode passar para um modelo de ensino misto ou à distância.
  • A circulação dentro das escolas vai estar definida através de marcas no chão.
  • A utilização da máscara vai ser obrigatória e a higienização dos espaços também.


  • Muitos diretores de escolas decidiram alargar o horário de funcionamento, com as aulas a começarem às 8h, em de vez às 8h30, e a terminarem às 19h, em vez de às 18h30. Para além disso, os intervalos vão ser mais curtos, passando a ter pausas de apenas cinco minutos entre as aulas e o intervalo maior vai ser de dez minutos. Estas duas medidas vão permitir dividir as turmas em turnos, em que uns têm aulas de manhã e outros à tarde.

As medidas pensadas para os intervalos mais curtos e para os turnos vão ser aplicadas a partir do 7.º ano, uma vez que, no caso do 1.º ciclo, “a escola também tem a função de acompanhar os alunos enquanto os seus pais estão a trabalhar" afirmou Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), à Lusa.


  • Em algumas escolas, as cantinas vão passar a ter apenas serviço de “take away” e os bares têm acesso limitado.


  • Muitos alunos vão ter também de ajudar nos trabalhos de desinfeção, dada a falta de funcionários que existe em várias escolas. O objetivo é os estudantes limparem as suas secretárias no final de cada aula.

  • Depois do ensino à distância, muitos alunos vão ter de testar os conhecimentos adquiridos através de um “diagnóstico”. As primeiras semanas de aulas vão servir para recuperar e consolidar matérias.

Para além das medidas já definidas, existem ainda outras em cima da mesa que vão ser estudadas por cada agrupamento escolar, que, no início do ano letivo, pretende que tudo esteja pronto para receber os alunos em segurança.


Neste novo começo, alunos, pais e professores são chamados a fazer a sua parte! Para além das saudades que muitos alunos e professores sentem, é importante não deixar de lado a máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social. Só é possível vencer esta batalha juntos!


Muita força a todos!

E já agora, para não começares já a pensar nas aulas... ri aqui com o Luis Franco-Bastos