O número de infetados pelo Coronavírus está a aumentar por toda a Europa. A questão que se coloca é: vamos voltar a um novo confinamento? Enquanto não existem respostas para esta questão, foi criado um movimento anti-confinamento.
16 mil especialistas juntaram-se para se mostrarem contra um novo isolamento dado o impacto devastador que tem na saúde física e mental das pessoas.
Este movimento - também conhecido por Declaração Great Barrington - começou, no dia 4 de outubro, nos Estados Unidos e, até ao momento, reúne mais de 150 mil assinaturas, nos quais se destacam médicos, cientistas e membros da sociedade.
“Sabemos que todas as populações acabarão por atingir a imunidade de grupo – ou seja, o ponto em que a taxa de novas infeções é estável – e que isto pode ser assistido por (mas não depende de) uma vacina. O nosso objetivo deve ser, portanto, minimizar a mortalidade e os danos sociais até atingirmos a imunidade de grupo” lê-se na declaração, que se encontra traduzida em português.
Como medidas, a declaração sugere, por exemplo, que as pessoas que não são vulneráveis “devem ser imediatamente autorizadas a retomar a vida normal” e manter hábitos de prevenção, como a lavagem frequente das mãos. Desta forma, a imunidade em grupo desenvolve-se na população e “o risco de infeção para todos – incluindo os vulneráveis – diminui.”
Esta declaração tem gerado alguma polémica. Há quem seja a favor, e há quem se mostre contra. Stephen Griffin, professor na Universidade de Leeds, no Reino Unido, considera um movimento “bem intencionado”, mas tem falhas éticas, científicas e logísticas.