Na televisão, nos espetáculos e festivais, nas conferências de imprensa institucionais e em tantas outras situações e eventos, existem pessoas que falam para uma comunidade que não ouve, mas que lê através dos gestos. São intérpretes de língua gestual e traduzem aquilo que é dito a quem não os consegue ouvir.
A RFM, juntamente com o Grupo Ageas Portugal, a Fundação Ageas, Access Lab, muitos artistas e vários outros agentes do mundo da cultura, está numa emissão de 28 horas, ao vivo e em direto - RFM sem olhar a quem - a partir dos jardins do Campo Pequeno, nods dias 16 e 27 de setembro, para sensibilizar todos e todas para o direito ao acesso à cultura das pessoas com deficiência, neurodivergentes e surdos.
Ao contrário do que muitos pensam, a língua gestual não é universal. E a que é usada em Portugal, por exemplo, foi importada há muitos anos da Suécia.
Aprender língua gestual é como aprender uma língua nova. Cada país tem a sua, e evolui à medida do tempo. Em Portugal, como noutros países, nota-se ainda a existência de diversos regionalismos. Há em todo o mundo diversas línguas gestuais: a ASL (American Sign Language), a BSL (British Sign Language), a LIBRAS (Língua de sinais Brasileira), entre outras. E nenhuma delas nasce da língua oral do seu país, mas antes da história da comunidade surda que a utiliza.