A quantidade de plástico existente nos oceanos é cada vez maior. A falta de consciencialização de algumas pessoas para esta temática levou a que, hoje, isto se tornasse num problema. E, se nada fizermos, não só se prolongará como poderá piorar.
Por outro lado, é também perante os problemas que podemos encontrar grandes soluções. Há cada vez mais negócios que utilizam o plástico dos oceanos para produzir. Uma forma de dar vida àquilo que aparentemente já tinha o seu destino ditado e transformá-lo em algo útil.
É o caso da empresa portuguesa Skizo que, desde a sua fundação, em 2019, já retirou dos oceanos uma tonelada de plástico, o equivalente a 28 mil garrafas de plástico.
A empresa transformava o plástico recolhido nos oceanos em calçado personalizado. Depois veio o coronavírus e alterou-lhes os planos. Esta empresa portuguesa viveu os desafios de tantas outras: uma quebra abrupta no lucro e despesas para pagar todos os meses, incluindo salários de trabalhadores.
Perante os desafios que a pandemia trouxe, a empresa reinventou-se, mas sempre usando o plástico dos oceanos como a base da produção. E foi assim que alargaram o seu horizonte de produção. Agora, para além de terem calçado, vendem também máscaras de proteção.
"Fomos desafiados, porque tínhamos pessoas perto que tinham habilidade de costura, mas que não tinham um prato de sopa para comer. Foi aí que iniciamos a produção de máscaras", referiu o fundador da empresa, André Facote, à Lusa.
A empresa começou por produzir máscaras do modelo nível 3, de duas camadas, que são compostas 44% por algodão orgânico e 56% por fio que resulta do plástico recolhido dos oceanos. Cada máscara deste modelo equivale a duas garrafas de plástico.
E, desde setembro, produzem também máscaras de nível 2, certificadas para uso profissional, e que equivalem a cinco garrafas de plástico.
A Skizo é o espelho de tantos outros negócios, em Portugal, que, apesar de todas as adversidades, arregaçaram as mangas, colocaram toda a criatividade em cima da mesa e mantiveram a sua atividade – ainda que de formas diferentes.
Fique por dentro > 
