Por cada criança morta na guerra da Ucrânia, colocou-se um brinquedo nas cadeiras deste estádio
O SHAKHTAR DONETSK E O OLYMPIAKOS DISPUTARAM UM JOGO AMIGÁVEL E SOLIDÁRIO, MAS FOI NAS BANCADAS QUE ACONTECEU UMA HOMENAGEM ÀS CRIANÇAS VÍTIMAS DA GUERRA
A guerra na Ucrânia já tirou e despedeçou a vida de milhares de pessoas. Muitas viram-se obrigadas a fugir do país e outras não chegaram a tempo de fazê-lo.
Atualmente, de acordo com o Centro de Comunicações Estratégicas e Segurança da Informação da Ucrânia, citado pela CNN Portugal, entre o dia 24 de fevereiro e o dia 8 de abril contabilizaram-se 176 crianças mortas e 324 feridas.
Por cada criança que foi vítima da guerra, o clube de futebol Shakhtar Donetsk homenageou-as num jogo solidário.
O clube ucraniano decidiu organizar uma série de jogos de beneficência, no âmbito de uma “Digressão Global pela Paz”, apoiada pelo governo ucraniano. Apesar da derrota contra o Olympiacos, neste jogo solidário e amigável, a imagem da noite veio das bancadas do Karaiskakis Stadium, em Atenas, na Grécia.
Em vez de adeptos, 176 brinquedos ocuparam as cadeiras que, segundo uma publicação do clube, no Twitter, foram colocados num setor especial do estádio "em memória das 176 crianças que morreram na Ucrânia como resultado da guerra na Rússia".
A par desta homenagem marcante, os jogadores do Shakhtar Donetsk utilizaram camisolas com os nomes de cidades ucranianas que já foram bombardeadas por forças russas.
A "Digressão Global pela Paz", levada a cabo pelo clube, pretende angariar dinheiro para os militares da Ucrânia que estão a combater na guerra e para ajudar os refugiados ucranianos que se viram obrigados a sair do próprio país.
Um novo balanço feito esta segunda-feira e confirmado pela responsável dos Direitos Humanos do Parlamento ucraniano dá conta de 183 crianças mortas e 342 feridas. O número não pára de aumentar.
Apesar deste número, Liudmyla Denisova, a mesma responsável, confessou que é difícil determinar o número real de crianças que foram vítimas da guerra.
A verdade é que o conflito já marcou profundamente, e para a vida, todos aqueles que sobreviveram e que estão a resistir.