Neste país, existem depósitos para os pais entregarem anonimamente os filhos para a adoção

ESTA IDEIA FOI IMPOSTA HÁ DOIS ANOS E, AGORA, PELA PRIMEIRA VEZ, JÁ FOI DEIXADO UM BEBÉ PARA A ADOÇÃO

Jéssica Santos
Jéssica Santos


Entregar um filho para a adoção é uma decisão que pode ser acompanhada de muita mágoa, tristeza e até vergonha. É um processo delicado e que este sistema promete aligeirar.

Em 2017, foi criado o programa Safe Haven Baby Boxes que consiste em caixas de refúgio que permitem que os pais deixem os filhos para a adoção de forma legal e anónima. Desde então já existem 134 caixas espalhadas por várias cidades dos Estados Unidos. Na Flórida, em 2020, foi criada uma num quartel dos bombeiros. Demorou até começar a ser usada, mas, dois anos depois, chegou o primeiro recém-nascido.

O anúncio foi feito pelo quartel de bombeiros à revista "People" que, sem avançar grandes detalhes sobre o bebé, mostrou a sua felicidade: "Sabemos que este bebé será muito amado por uma família adotiva", disse Monica Kelsey, a fundadora da Safe Haven Baby Boxes, à revista.


"Quando lançámos a caixa na Flórida, eu sabia que não ia ser um ‘se’, mas sim uma questão de ‘quando’", explicou ainda Kelsey. O único requisito destas caixas de refúgio é que o bebé tenha nascido há três dias, no máximo.



Cada caixa tem controlo de temperatura e um alarme silencioso que avisa os bombeiros sobre a presença de um bebé, 60 segundos depois de ter sido colocado lá dentro. A revista "People" escreve que desde que este programa foi criado, em 2017, já foram deixados 23 bebés para a adoção.

As opiniões dividem-se quanto a esta forma de entregar bebés para a adoção. Há quem seja a favor deste programa e há quem o critique, dizendo que "o conceito remonta à Europa medieval", segundo uma reportagem publicada no New York Times.




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