Os portugueses estão cada vez mais a pensar dividir casa com desconhecidos

Está cada vez mais difícil comprar ou arrendar casa em Portugal.

A cada dia que passa, os preços sobem e são muitas as famílias que não têm capacidade financeira para responder aos valores pedidos.

Não são apenas os preços das casas que têm escalado, mas também as prestações e os juros que estão a deixar os portugueses com os bolsos cada vez mais vazios.

Os rendimentos não escalam à velocidade dos preços praticados e, por isso, muitos têm procurado outras opções para viverem de forma digna, neste país.

Um estudo intitulado "Estudo das intenções da procura de habitação em Portugal", realizado pelo site Idealista, publicado esta segunda-feira, revelou que vários portugueses estão a ponderar partilhar casa ou mudar-se para uma que já seja dividida com outras pessoas.

De acordo com o estudo, "uma em cada cinco pessoas admite querer mudar para uma habitação partilhada por ser mais barato" e há também quem o considere "só se não conseguir arrendar uma casa sozinho".

Entre as razões apontadas para esta possível escolha, salta, desde logo, à vista o preço das casas, uma vez que "88% dos inquiridos diz ter rendimentos inferiores a 25.000 euros anuais".

Em caso de terem de escolher mesmo partilhar casa, a maioria dos participantes neste estudo está disposta a pagar entre os 201 e os 300 euros por mês, reduzindo, dessa forma, significativamente o valor que paga atualmente.

No que toca à quantidade de pessoas com quem ponderam partilhar casa, a grande parte dos inquiridos afirma que "gostaria de dividir casa apenas com uma ou duas pessoas", sendo que apenas 10% prefere "partilhar casa com estudantes".

Para os portugueses que responderam ao estudo, o mais importante é que "a casa possua elevador, varanda, jardim ou um espaço exterior".

O mesmo estudo do Idealista procurou saber se há muitos portugueses à procura de uma casa para comprar, sendo que 70,2% dos inquiridos responderam que sim. Aquilo que os impede, neste momento, e que acaba por adiar essa decisão são os preços e também o aumento de juros.