Jovens chineses vão trabalhar de pijama como forma de protesto

Já alguma vez te passou pela cabeça ir de pijama para o trabalho? Estes jovens foram, mas como forma de protesto

Jéssica Santos
Jéssica Santos


Quantas vezes é que já te apeteceu ir de pijama para o trabalho? É certo que o teletrabalho veio ajudar a dinâmica e implementou o novo traje-reunião-por-zoom-camisola-por-cima-e-calças-de-pijama-por-baixo. Agora, imagina ires de pijama para o trabalho não por desleixo, mas como um forma de protesto.


É o caso dos jovens chineses que estão a ir de pijama para o trabalho para protestarem contra os chefes e a elevada taxa de desemprego do pais. É a chamada revolta silenciosa.


O movimento, apelidado de "gross outfits" (roupas horrorosas), não poderia ter um nome mais apropriado. É uma espécie de desafio aos padrões convencionais de vestuário de trabalho.

Tudo começou com Kendou S, que publicou um vídeo no Douyin (TikTok chinês), a mostrar a sua escolha de vestuário para o dia. Um casaco impermeável até aos tornozelos, calças xadrez de pijama, chinelos de quarto e um gorro para completar o look.

O vídeo viralizou logo, acumulando milhões de visualizações e inspirando tantos outros jovens. Afinal, para quê preocupares-te com fatos entediantes quando podes abraçar a criatividade, o conforto e ainda protestar?


Com uma taxa de desemprego jovem à volta dos 15% e com condições precárias, não é de admirar a ousadia destes jovens. Claro, que nem todos concordaram com este movimento. Alguns meios de comunicação criticaram a tendência, segundo o Público, rotulando-a de "ridícula" e "autodepreciativa". Mas, enquanto os trabalhadores continuarem a desempenhar as suas funções de maneira correta e não prejudicarem ninguém, não há quem possa impedir.




A RFM perto de ti