Série da jornalista portuguesa Mariana Van Zeller ganha 5 Emmys
A série "Na Rota do Tráfico" investiga, em cada episódio, submundos distintos, como tráfico de droga e assassinos, e mostra como estes negócios funcionam
Mariana Van Zeller é um verdadeiro orgulho. A série da jornalista portuguesa, "Na Rota do Tráfico", na National Geographic, arrecadou, esta quarta-feira, cinco Emmys, numa cerimónia no Palladium Times Square, em Nova Iorque.
"Na Rota do Tráfico" explora em cada episódio submundos distintos, desde tráfico de droga, esquemas de scam, assassinos, e mostra como funcionam estes negócios que geram tantos milhões. Mariana Van Zeller mostra a sua coragem ao ir ter com alguns dos maiores cartéis e assassinos para mostrar esta realidade.
A série, que estreou em 2021, na National Geographic, estava nomeada para 20 distinções e acabou por ganhar cinco Emmys. A terceira temporada da série destacou-se em várias categorias, com o episódio "Piratas Cibernéticos" conquistando o prémio de Excelência na Cobertura de Ciência e Tecnologia, enquanto "Petróleo Terrorista" foi reconhecido com o galardão de Excelência em Jornalismo de Vídeo. Além disso, "Bebés do Mercado Negro" foi premiado por Cobertura de Negócios, Consumos e Economia.
Mariana Van Zeller é a primeira portuguesa a ter uma série na National Geographic e não pára de fazer história. A sua trajetória é um exemplo inspirador de coragem e determinação. Vive nos Estados Unidos, desde 2001, ano em que foi tirar mestrado em Jornalismo na Universidade de Columbia, nos EUA. A forma como foi aceite na faculdade já demonstra a sua persistência. Depois de se ter candidatado várias vezes e de ter recebido sempre "nãos", Mariana Van Zeller foi pessoalmente até à universidade para falar com o diretor, que acabou por aceitar a sua matrícula.
Desde então nunca mais parou no mundo do jornalismo. Já viveu várias aventuras: quase que foi raptada na Nigéria, esteve lado a lado com um dos maiores carteis de droga, no México, já entrou nas favelas mais perigosas do Rio de Janeiro, já contraiu leishmaniose na Amazónia, e por aí adiante.
Parabéns pela persistência, coragem e profissionalismo!