Telemóveis podem não entrar mais nas escolas

A PROPOSTA PARTE DO MINISTRO DA EDUCAÇÃO DO REINO UNIDO, QUE AFIRMA QUE OS TELEMÓVEIS "AFETAM A DISCIPLINA E A ORDEM"

Madalena Costa
Madalena Costa


Nos dias que correm, são poucos os alunos que não têm um telemóvel e que não o utilizam na escola, seja dentro ou fora das salas de aula.


Contudo, parece que estes dispositivos podem ter os dias contados nas escolas do Reino Unido.



A proposta é do ministro da educação do país, Gavin Williamson, que afirma que os telemóveis devem ser banidos, uma vez que a pandemia “afetou a disciplina e a ordem dos alunos”. E, por isso, é um objeto que vai prejudicar a atenção nas salas de aula e o aproveitamento escolar.


Além disso, para o ministro da educação, os telemóveis não podem ter lugar nas salas de aula e no recreio porque ajudam a perpetuar o “cyber bullying” e as redes sociais têm um “grande impacto na saúde mental” dos estudantes.


Assim sendo, os telemóveis devem ser deixados em casa e substituídos por “exercício saudável e brincadeiras à moda antiga”.



Apesar da proposta do ministro de educação, a última palavra é dada às escolas, que podem ou não aceitar.


No entanto, o governo do Reino Unido compromete-se a reunir com a direção das escolas para adotarem outras medidas sobre a utilização dos telemóveis, mesmo que não seja a sua eliminação definitiva.


A proposta não reuniu consenso e há já quem a critique, uma vez que tudo aquilo que passa por uma proibição pode levar a atitudes radicais.


É essa a opinião de Mica-May Smith, que trabalha numa empresa de formação educacional do Reino Unido, que pede uma “abordagem colaborativa”, em que se definam horários e áreas para a utilização dos telemóveis, em vez de uma proibição.


O objetivo das escolas é também o de “preparar os alunos para o mundo dos adultos” e, na realidade, colocar essa proposta em prática poderia ser, de acordo com Mica-May Smith, um erro.


Por agora, não existe ainda uma decisão tomada por parte das escolas do Reino Unido, mas, no mundo, há já países que a colocaram em prática, como é o caso de alguns estabelecimentos de ensino de França e da China.




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