Se antes um pacote de arroz ficava abaixo de 1 euro, agora a realidade é outra. Podemos dizer que é geral: todos os portugueses que vão ao supermercado notam a subida dos preços dos alimentos.

Segundo o site da Deco Proteste, um cabaz de alimentos essenciais sobe para 235 euros, sendo as categorias das frutas e dos legumes e do peixe as que mais viram o seu preço aumentar. Para além deste flagelo, segundo o Expresso, podem existir práticas pouco transparentes de alguns supermercados que também encarecem o preço dos alimentos. A ASAE só este ano já abriu mais de dez processos-crime, revela o "Expresso". Por exemplo, nunca te aconteceu veres um preço na prateleira do supermercado e depois, na caixa, ser outro completamente diferente - e por norma mais caro?


Enquanto este problema persiste, o melhor é mesmo munires-te de todos os truques e dicas que evitem que sejas enganado na próxima ida ao supermercado. A jurista da DECO, Margarida Pinto, citada pela CNN Portugal dá uma ajuda.


1 - O que fazer no caso em que o preço é diferente na caixa e na prateleira?

Neste caso, é importante reportar a situação. Para isso, pede o livro de reclamações para que os responsáveis da empresa e da ASAE tomem conhecimento da situação.


2 - Como controlar os preços quando se trata de compras do mês?

É difícil estar a monitorizar o preço de tudo, quando se trata de compras do mês. O ideal é registares num bloco de notas ou no telemóvel cada produto e o preço marcado na prateleira. Depois, soma tudo e, se o preço for diferente na caixa, vais conseguir perceber mais facilmente o produto que está em erro.

E, no caso, da fruta e legumes, podes apontar o preço por quilo e, depois, na caixa, confirmas se o preço ao quilo é igual.


3 - Só reparas nos preços diferentes quando chegas a casa e verificas a fatura

Nesta situação, tens de ser o mais rápido possível a ir ao supermercado e apresentar a diferença que notaste, porque numa questão de dias os preços nas prateleiras do supermercado podem alterar. Em último caso, podes sempre recorrer ao livro de reclamações eletrónico.




4 - E se a promoção publicitada ainda não tiver sido aplicada?

Depois de verificares todas as condições da promoção, reclama, porque o supermercado é obrigado a aplicar o valor que publicitou. Por exemplo, se a promoção está sujeita a uma rutura de ‘stock' e se o produto está na prateleira é porque essa rutura não aconteceu e tem de ser aplicado o preço da promoção.



5 - Os produtos estão com menos quantidades e com o mesmo preço

É verdade, não é impressão tua. A isso chama-se reduflação. Por outras palavras, é quando um produto apresenta o mesmo preço de sempre, mas em quantidades menores. Muitas vezes as embalagens não se alteram significativamente e, por isso, é mais difícil para o consumidor reparar.

O conselho da DECO é que deves estar atento ao preço por quilo ou litro, para perceber se está a pagar o mesmo por menos.