Faz hoje anos que a primeira pedra para a construção do Palácio da Ajuda foi lançada, em 1795.
Certo é que a sua construção só ficou por metade, ou até um pouco menos - cujas razões, vemos mais à frente - bem longe dos planos iniciais.
É incrível como o Palácio escolhido para várias receções, tomadas de posse e para muitos banquetes de Estado, tem uma fachada lindíssima, tem no interior salas como esta...
E teve umas traseiras inacabadas por mais de 200 anos.
Finalmente, rematadas em 2021.
E o Palácio da Ajuda ficou assim, apenas por metade, porquê?
Começaram a construí-lo e depois… desistiram.
A história começou assim...
O rei D. José I (1714-1777) escapou ao terramoto de 1755 porque se encontrava com a família no Palácio de Belém.
Tomado pelo medo de novos sismos, anunciou que jamais voltaria a viver na cidade e em edifícios de alvenaria. Ordenou, então, que no alto da colina da Ajuda se construísse um “palácio de madeira e panos”.
E assim foi! Durante 38 anos, a corte portuguesa viveu na chamada “barraca real” ou “real abarracamento”.
Considerou o rei que aquele lugar, no topo da colina, era ideal para a edificação de um majestoso palácio e assim mandou que se começasse a construir o Palácio da Ajuda em 1796.
Uma construção aos soluços...
A construção foi acontecendo a um ritmo muito desequilibrado. E eis que em 1807, a corte portuguesa vai toda para o Brasil, fugindo das invasões francesas.
Com a corte do outro lado do oceano e a falta de dinheiro, a construção do palácio prosseguiu de forma lenta e engasgada.
Mais de uma década depois, em 1821, a corte regressou do Brasil e o palácio claro que continuava muito inacabado.
Até que, ao cabo de mais de 2 séculos, as traseiras do Palácio da Ajuda levaram um arranjo e agora, pelo menos, estão rematadas.
Podes ver aqui as obras que levaram ao remate das traseiras do Palácio da Ajuda, concluído em 2021, cuja primeira pedra foi lançada no dia no dia 17 de julho de 1795.