Ir a um café e tentar perceber quanto é a conta, ou fazer um pedido no restaurante, sem que nada venha em falta, é um desafio. Comunicar com uma máscara não é fácil.


O ideal seria a pandemia não existir mais, para não ser obrigatório o uso de máscara. Ou que as máscaras tivessem um microfone, enviassem mensagens de texto e, na melhor das hipóteses, traduzissem línguas.

Destas duas hipóteses, uma já existe.



Infelizmente, ainda não é a primeira.


A startup japonesa Donut Robotics desenvolveu uma “máscara inteligente”, que, ligada à Internet, pode transmitir mensagens e traduzir o japonês para outras oito línguas.

Esta máscara, que deve ser usada por cima de uma máscara descartável ou de pano, conecta-se, via Bluetooth, a uma aplicação num telemóvel para traduzir discurso oral para mensagens escritas. Além disso, tem ainda um microfone, que torna mais alta a voz de quem usa a máscara.

A máscara inteligente deverá começar a ser comercializada a partir de setembro e terá um custo de 35 euros.


E não é só a comunicação via máscara que está a ser alvo de atualizações. Pandemias à parte, também a linguagem gestual tem merecido a atenção da ciência. Prova disso, é a nova luva criada, por cientistas na Califórnia, que permite traduzir a linguagem gestual para discurso oral, através de uma aplicação.


As luvas possuem sensores que detetam os movimentos das mãos, que são depois traduzidos em letras individuais, números, palavras e expressões.

A tecnologia e a ciência caminham a par e passo com o objetivo de destronar as barreiras impostas à comunicação, seja ela oral ou gestual, e esteja relacionada com o contexto em que vivemos, ou não. A comunicação é uma "arma" que nos ajuda a construir o nosso caminho.