É o motor do nosso corpo, leva o oxigénio e os nutrientes às nossas células, e consegue bater sozinho fora do corpo humano por alguns segundos ou minutos, mediante as condições. O coração tem um trabalho físico maior do que qualquer outro músculo do nosso corpo – bombeia em apenas um minuto cinco litros de sangue – e quando se trata de uma criança bate mais de 100 vezes por minuto.


O coração é, assim, fundamental à sobrevivência humana, e representa também o amor. Está no interior do corpo humano, mas tem uma representação massiva cá fora. De filmes a músicas e desenhos, sempre que se quer representar o amor, lá está o coração. E tem também um dia: o Dia Mundial do Coração, que se celebra a 29 de setembro.

Porque é que o músculo que nos é essencial à vida e que bate no centro do nosso peito simboliza tudo o que sentimos sobre o amor?



Cada vez que experimentamos emoções fortes, como o amor, o nosso coração bate mais rápido e, por vezes, até parece que quer saltar pela boca. Isto porque há um aumento de adrenalina, e um consequente aumento da frequência cardíaca.


Vês o amor da tua vida e o teu coração começa a palpitar e é como ‘Uau! Este é o meu coração! E está a dizer-me que estou apaixonado!’” disse a Dra. Karol Watson, professora de medicina e cardiologia da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, ao HuffPost.

E também todos conseguem descrever o momento de intensa dor no coração, quando o amor não corre de feição. O chamado “coração partido” que já tem uma síndrome associada. Ainda não é conhecida a causa da síndrome do coração partido, mas os potenciais fatores incluem a hiperatividade do sistema adrenérgico, na sequência de um choque emocional ou físico muito intenso, o que afeta o normal funcionamento do coração.



Por outras palavras, um coração partido pode mesmo partir o coração. Na antiguidade, os hebreus já associavam a parte sentimental ao coração, uma vez que os sentimentos geravam sensações neste músculo.


A conexão entre o coração e o amor é, portanto, forte. Mas quando é que começou esta ligação? Não há certezas quanto à sua origem, mas, segundo alguns investigadores, no século VII a.C., existia no Mediterrâneo uma cidade-estado grega chamada Cirena, cuja maior riqueza era uma erva medicinal que se chamava sílfio.


Esta planta tinha sementes com o formato de um coração e era tão importante para a cidade que as moedas de Cirena tinham uma planta ou uma semente de sílfio gravadas na face.


Para os cristãos, o coração sempre esteve relacionado com a essência do ser, permitindo a aproximação entre Deus e o homem. O cristianismo acredita também numa relação direta entre o amor e a espiritualidade.


Estas são algumas das teorias existentes. Como sentido de fé ou impulsionador de criatividade, o coração e o amor são o motor da vida, porque só precisamos de uma coisa para sermos felizes.