Os estudantes estão a ter aquele que pode já ser considerado um dos anos mais desafiantes de sempre.

As aulas, os recreios e todas as atividades extracurriculares sofreram alterações e os alunos tiveram que se adaptar. Mas entre a telescola e a incerteza de quando regressará a normalidade às escolas, há duas coisas que estão a preocupar os estudantes: o risco de contágio por Covid-19 e o desemprego dos pais.


Um inquérito realizado pela Associação Empresários Pela Inclusão Social (EPIS) mostra que o desemprego dos pais é o que mais assusta 75% dos estudantes inquiridos.



A pandemia está a ter um forte impacto na economia e na vida de algumas famílias, pelo que “o clima de preocupação da sociedade, da escola e o dos miúdos aumentou” explica Diogo Ferreira, diretor da EPIS, citado pela Renascença.


O mesmo inquérito revela ainda que, ao nível do ensino, os alunos mais velhos são os que estão mais bem preparados para as aulas à distância, o que, para Diogo Ferreira, demonstra que “o encerramento de escolas não é indiferente nos diferentes ciclos de escolaridade”.

No caso de se ter de encerrar escolas, importa perceber que será muito mais fácil fazê-lo com os alunos do 3.º ciclo, pois estão muito mais preparados para isso. No primeiro ciclo, a idade e a forte ligação dos alunos a um só professor, torna mais difícil o ensino à distância.

2020 já terá certamente o seu lugar nos manuais de história do futuro e muitos serão os alunos a estudarem aquilo que os alunos de hoje estão a enfrentar. Desde a telescola, aos desafios no seio familiar.