É uma questão pertinente e é, possivelmente, uma dúvida que nos colocamos, todos os anos.

Parece que, segundo um estudo, também nesta matéria "menos é mais".

Que tal não encher as nossas crianças de presentes e mostrar que o Natal, de facto, não se resume à hora em que o Pai Natal chega?



Isto porque um estudo desenvolvido pela Universidade de Toledo, em Ohio, revela que quanto menos presentes as crianças tiverem, mais felizes serão. O que está aqui em causa não é a quantidade, mas sim a qualidade. A brincar, as crianças aprendem a interpretar o mundo e desenvolvem as suas capacidades cognitivas, emocionais e sociais.


Por isso, e segundo esta lógica, “uma abundância de brinquedos reduz a qualidade das brincadeiras das crianças e, quanto menos brinquedos tiverem, mais irão beneficiar dos mesmos a longo prazo” refere a autora do estudo, Carly Dauch, numa entrevista à revista Infant Behavior and Development.


Para este estudo, participaram 36 crianças que brincaram durante meia hora com quatro e 16 brinquedos, respetivamente. Os resultados mostraram que as crianças que brincaram com 16 brinquedos passaram menos tempo entretidas com cada um e trocavam com mais frequência.

Os resultados sugerem que uma abundância de brinquedos pode criar uma maior distração nas crianças" disse Carly Dauch.

As que receberam apenas quatro brinquedos, "brincaram durante muito mais tempo com cada um, dando mais utilidade ao brinquedo, o que permite desenvolver a criatividade da criança."



Quanto mais presentes as crianças receberem, maior será a probabilidade de associarem os bens e a obtenção de coisas ao que é realmente importante” disse Dauch. "E essa é a tendência para desenvolverem uma forte orientação de valor materialista.


O segredo está em reduzir ao máximo o número de presentes e optar sempre por oferecer experiências. Não nos podemos esquecer que as crianças são um poço de criatividade e que conseguem criar o seu mundo encantado com qualquer coisa.