Ter um animal de estimação é ter companhia, alguém que nos ajuda a criar rotina - porque os passeios são necessários -, e que nos enche de mimo, nos dias bons e nos dias maus. Está lá sempre para nós. Por isso, desenvolvemos facilmente uma ligação especial que, quando se quebra por força da vida, pode ser tão duro como perder uma pessoa. Se tens ou já tiveste um animal de estimação facilmente percebes esta conexão de que falamos.


Várias especialistas defendem que a morte de um animal pode ser uma experiência tão traumática como perder um familiar. Enquanto seres humanos, projetamos nos nossos animais de estimação os nossos pensamentos e emoções.

Mas ao contrário do luto que se faz pela perda de um familiar, o luto pela perda de um animal tende a ser pouco reconhecido pela sociedade.



Um estudo realizado pelo Canadian Veterinary Journal mostra que 50% das pessoas que perderam um animal de estimação dizem que a sociedade não defende que essa morte seja digna de um processo de luto.


Nem todas as pessoas têm animais de estimação, o que leva a que tenham pouca empatia nestes momentos de perda e subestimem o vínculo emocional que se pode ter com um animal.

Moira Anderson Allen, especialista neste tipo de luto, aconselha a todos aqueles que estejam a passar pela perda de um animal de estimação a normalizarem a tristeza e a permitirem-se sofrer pela perda.

Além disso, não aconselha a adoção imediata de outro animal de estimação. Introduzir um novo animal na família só é aconselhável depois de superado o processo de luto. “Não se deve procurar uma substituição para evitar a dor”, diz ao El País.

Não há muitos conselhos que se possa dar num momento de perda. O luto é um caminho individual, pessoal, solitário e varia de pessoa para pessoa. A única coisa a fazer é dar espaço e tempo para que possas ultrapassar a perda e seguir com a tua vida. Ficam para sempre contigo as memórias que criaste com o teu animal de estimação e isso será sempre memorável.