Para muitos, a primeira vez que se ouvem é de surpresa e de alguma perplexidade. Há sempre espaço para uma questão ou outra a argumentar de que a voz não soa nada assim na realidade.


São uns segundos de uma gravação de áudio que fazem crer de que a nossa voz é realmente muito diferente do habitual, mas, na realidade, está tudo na nossa cabeça. Ora, vamos perceber porquê!



O desconforto sentido por muitos quando se ouvem em gravações deve-se à forma como o cérebro perceciona esse som. Quando gravamos a nossa voz e a ouvimos, o som é transmitido de forma diferente ao cérebro do que aquele que é gerado quando falamos diariamente.


Ao ouvir a gravação da nossa voz, o som propaga-se no ar em direção aos nossos ouvidos, que, por sua vez, emitem vibrações sonoras. Essas vibrações são imitadas para a cóclea - responsável pela função auditiva -, que, de seguida, estimula os axónios nervosos, que enviam o sinal auditivo para o cérebro.


Pode parecer complexo, mas é um simples circuito. O som é emitido para o ar, chega aos nossos ouvidos, que, por sua vez, emitem vibrações e reações para o cérebro. É esse som que nos dá a sensação de que a nossa voz é mais aguda, na maioria dos casos.


Já quando falamos, o som da nossa voz chega de forma diferente ao ouvido interno. Neste caso, grande parte é conduzido internamente e diretamente para os ossos do crânio. Trata-se apenas de uma pequena diferença de como o som é percecionado pelo nosso cérebro!


Bem sabemos que é algo que te pode incomodar, mas não te preocupes muito. A forma como ouvimos a nossa voz em gravações é apenas diferente porque estamos mais habituados a ouvir-nos a nós próprios quando falamos!