Mais um avanço na medicina e com um cunho português! Uma investigação, liderada pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica no Porto, descobriu uma forma de detetar a doença de Alzheimer ainda numa fase precoce, ou seja, quando ainda não existem sintomas. É fundamental este passo para o tratamento da doença e pode vir a revolucionar muitas vidas.


Numa altura em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existam 35,6 milhões de pessoas com doença de Alzheimer (DA) no mundo, e o número pode vir a duplicar até 2030 e a triplicar até 2050, estes estudos e investigações trazem consigo uma esperança.


Os investigadores portugueses testaram a tecnologia Neuro SDR em 38 pacientes do serviço de Neurologia do Hospital de São João, no Porto. Segundo um dos responsáveis pelo projeto, citado pelo Notícias ao Minuto, foram colocados elétrodos numa touca que foi, por sua vez, colocada na cabeça do paciente. Depois, ao estar ligada a uma interface, que pode ser acedida através de computador, captou-se a informação e no espaço de cerca de cinco segundos ficou visível no ecrã.




Um diagnóstico precoce pode ser a chave para um tratamento mais eficaz e melhores resultados ao nível das terapias. Além disso, tal como um dos investigadores deste projeto afirma, é "um poderoso auxiliar em questões relacionadas com a salvaguarda da integridade pessoal e financeira dos portadores de Alzheimer, assim como em assuntos relacionados com profissões de risco e cartas de condução, por exemplo".


Foram mais de seis anos de desenvolvimento para que este projeto acontecesse. Nele, utiliza-se um algoritmo de inteligência artificial com uma capacidade de precisão de diagnóstico a rondar os 98% para casos assintomáticos e/ou precoces da doença. Agora, o próximo passo é fazer com que o projeto saia do laboratório e comece a ser disponibilizado a todas as pessoas, para que se possa fazer a diferença na forma de diagnóstico e tratamento de Alzheimer.