O verão já se faz sentir! As temperaturas estão a subir a olhos vistos, a praia e o sol são convidativos, tal como as bebidas fresquinhas e os petiscos.


Além de todos estes pequenos prazeres, muitos jovens e adultos ocupam as suas noites de verão e de férias em bares e discotecas. E, claro, estes ficam abertos pela madrugada fora para grande alegria de uns e para grande descontentamento de outros.


Os moradores de Santos, em Lisboa, estão cada vez mais descontentes e desesperados perante a música alta dos bares e discotecas na zona, os carros que acabam vandalizados, as pessoas alcoolizadas nas ruas e o "cheiro insuportável a urina e vomitado", tal como dá conta o Observador.


Perante estas condições, que se verificam todas as noites de segunda-feira a domingo, muitos moradores juntaram-se e criaram a Associação de Moradores de Santos, que já avançou com um pedido para que os bares e as discotecas encerrem às 23 horas. O abaixo-assinado, que vai ser enviado para a Câmara Municipal de Lisboa, pede ainda que se coloque um fim à insegurança que se sente naquela zona da cidade.



O presidente da Junta de Freguesia da Estrela, Luís Newton, foi questionado pela Lusa sobre a situação que se vive em Santos e afirmou que os problemas se prendem com os horários de alguns estabelecimentos. Segundo o autarca, citado pelo Observador, existem restaurantes que, "de repente, fruto de alguma permissividade de classificação de tipo de estabelecimentos que a nossa lei neste momento prevê, se transformam em verdadeiros bares que funcionam noite dentro muito além do horário de funcionamento do normal restaurante."


O mesmo autarca esclareceu que deveria existir mais fiscalização por parte da Polícia Municipal e da PSP, mas reconhece que estas forças de segurança não têm "na sua posse equipamentos que permitam fazer a correta fiscalização do ruído."


E, por isso, uma das propostas é que a Junta de Freguesia consiga "estabelecer o limite de horários de funcionamento do território", uma vez que quer "ter uma palavra sobre a atividade comercial e a restauração no nosso território e isso não se aplica só ao licenciamento, mas também com o horário de funcionamento".


Apesar de, para muitos, ser impossível dormir e até estacionar o carro na rua, o presidente da Junta de Freguesia da Estrela admite que "não quer impedir as pessoas de se divertirem". Apenas quer que essa diversão aconteça em segurança e sem prejudicar quem vive na zona.