A 65.ª cerimónia dos Grammy aconteceu no fim de semana e, à parte dos músicos que levaram "grafonolas" para casa, houve um assunto bastante falado e que saltou à vista de todos.
A protagonista é Madonna, que subiu ao palco para apresentar a atuação de Sam Smith e Kim Petras. A artista surgiu com o rosto diferente do que era habitual, com os lábios e as bochechas com um volume exagerado.
Foram muitos aqueles que comentaram a aparência de Madonna, nas redes sociais, e que lhe apontaram o dedo ao facto de que está "irreconhecível" e que devia "saber envelhecer".
Quem não gostou das críticas foi a própria, que, esta terça-feira, recorreu ao Instagram para responder e defender-se.
Através de um vídeo onde se mostra ao lado de vários artistas e nos bastidores dos Grammy, Madonna destacou que "muitas pessoas preferiram falar apenas das fotografias que foram tiradas ao longe por um fotógrafo, que deixariam a cara de qualquer pessoa distorcida".
Após ter "culpado" o fotógrafo, a artista defendeu-se dizendo que foi "apanhada pelo idadismo [discriminação em função da idade] e pela misoginia que permeiam o mundo em que vivemos".
Para Madonna, este é um "mundo que se recusa a celebrar as mulheres quando passam dos 45 anos e que sente a necessidade de castigá-las por continuarem a ter força de vontade, por serem trabalhadoras e aventureiras".
A artista contou que nunca pediu "desculpa por nenhuma das escolhas criativas que fiz, nem pela minha aparência ou roupa e não é agora que vou começar". Continuou dizendo que foi "degradada pela imprensa desde o início da minha carreira, mas entendo que tudo isto é um teste e estou feliz por ser pioneira para que todas as mulheres depois de mim possam ter uma vida mais fácil nos próximos anos".
Por fim, Madonna terminou o seu longo texto com a promessa de que vai continuar a "quebrar mais barreiras" na "luta contra o patriarcado".
(Imagens: Reprodução de vídeo)