Nadar numa piscina pública deixou de ter indumentária diferenciadora entre homens e mulheres nesta cidade. Deixou de haver a regra do fato de banho para o homem e do fato de banho para a mulher.

A partir de agora, as mulheres em Berlim, na Alemanha, podem nadar de topless nas piscinas públicas da cidade se quiserem – assim como os homens.


Esta é a nova regra das piscinas públicas da Alemanha, que surgiu depois de uma mulher ter feito uma denúncia por não a terem deixado nadar em topless numa piscina pública da capital.

A mulher que queria reivindicar o direito das mulheres de nadarem sem a necessidade de taparem o peito, tal como os homens, recorreu ao Senado de Berlim para a Justiça, Diversidade e Antidiscriminação.

As autoridades concordaram que a mulher foi vítima de discriminação e, esta semana, o governo do estado de Berlim confirmou a mudança num comunicado de imprensa, citado pela CNN, onde diz que todos os visitantes das piscinas de Berlim, incluindo mulheres e aqueles que se identificam como não-binários, podem fazer topless.


Esta não é uma medida inédita na Alemanha. A cidade Goettingen foi a primeira no país a permitir, no verão passado, que as mulheres nadem em topless em piscinas públicas.



Esta medida foi bem aceite pela maioria das pessoas, já que foi naquele que é um país que defende a "Freikörperkultur", palavra que designa o naturismo ou nudismo, mas que em uma tradução literal significa "cultura do corpo livre".

Os alemães consideram a nudez pública, em alguns ambientes, tanto apropriada como saudável.


Segundo a CNN, a paixão da Alemanha pela nudez começou nas campanhas de saúde do final do século XIX. A primeira organização "Freikörperkultur" do país foi criada em 1898 e o conceito espalhou-se rapidamente pelo país.


Em 1920, nasceu na Alemanha a primeira praia de nudismo, na ilha de Sylt.
Após a Segunda Guerra Mundial, o nudismo permaneceu proeminente nos estados da Alemanha Oriental e Ocidental, mas foi particularmente prevalecente na Alemanha Oriental, tornando-se uma forma de escapar aos uniformes, marchas e conformidade do estado comunista.
E assim continuou tendência até aos dias de hoje.