Podemos quase afirmar que a indignação que se sente pelos tempos que se vivem é geral. Vivemos tempos difíceis, é inegável, e são cada vez mais as formas de protesto que surgem. Como esta.

Esta segunda-feira, foi colocada uma escultura de gesto do Zé Povinho em frente ao Palácio de Belém, em Lisboa, como "ato de manifestação e arte, de sensibilização e revolta com a incerteza generalizada da população", lê-se numa publicação partilhada no Instagram do movimento.


Sem cor política associada e assumida como a favor dos direitos humanos, esta escultura é a representação da "voz popular e de quem sofre com as indecisões políticas". A peça já foi criada há alguns anos, mas Carlos Oliveira sentiu que a devia mostrar ao público, agora, como forma de protesto. "A peça estava connosco há quase 10 anos, e neste contexto social e cultural, sentimos ser este o momento de intervenção", lê-se na publicação. "Queremos que este nosso propósito sirva o momento em que vivemos, de descontentamento popular em relação à desgovernação, à hipocrisia e à corrupção."



Depois de ter estado algumas horas à frente do Palácio de Belém, um representante da Presidência da República convidou os artistas a exporem a peça no Jardim dos Teixos do Palácio Nacional de Belém.