Já não precisas de decorar este nome, porque Diogo Ribeiro já está a dar e muito que falar.

É o novo fenómeno da natação em Portugal e além-fronteiras e, depois de se ter sagrado campeão do mundo nos 50 metros de mariposa, nos Mundiais aquáticos, a decorrer em Doha, no Qatar, volta a surpreender. Neste sábado, 17 de fevereiro, Diogo Ribeiro acrescentou mais uns metros ao último prémio e venceu os 100 metros de mariposa.



Não há piscina que o limite e, com apenas 19 anos, já faz história.

Para além destas conquistas nos Mundiais aquáticos, a decorrer em Doha, no Qatar, Diogo Ribeiro já se tinha sagrado, em julho do ano passado, o primeiro português a conquistar uma medalha portuguesa na história dos Mundiais de natação, ao vencer a prata nos 50 metros mariposa em Fukuoka, no Japão.


Diogo Ribeiro já era conhecido como recordista mundial júnior desta distância com a marca de 22,96 segundos, estabelecida em 2021, no momento da conquista do título em Lima, no Peru. No Japão, Diogo Ribeiro elevou a sua carreira para um novo patamar.


No total, Diogo Ribeiro participou em seis finais e arrecadou cinco ouros e um bronze. Talento, trabalho e uns calções da sorte. Os mais atentos já devem ter reparado que Diogo Ribeiro usou os mesmos calções de banho dos 50 metros de mariposa, os chamados "calções da sorte".



Mas nem só de sucessos se faz a história de Diogo Ribeiro. A natação entrou na sua vida, em tenra idade, depois de uma tragédia familiar.


Em entrevista ao podcast da RFM "Glória", com Inês Andrade, Diogo Ribeiro revela que aos quatros anos perdeu o pai. Para amenizar a dor e evitar que Diogo passasse tanto tempo em casa, onde inevitavelmente se recordaria mais do pai, a mãe colocou-o na natação. Mal sabia, que estava prestes a ter um campeão em casa.


Ouve aqui o episódio de "Glória" com Diogo Ribeiro.


 


Em julho de 2021, um grave acidente de mota, que envolveu um veículo pesado, quase pôs fim ao sonho da natação. Diogo Ribeiro ficou sem parte parcial do dedo indicador da mão direita, uma fratura no pé e diversos hematomas e queimaduras. Mas, mais uma vez, o atleta mostrou a sua força, determinação e dedicação.

Depois de um processo de internamento, reabilitação e fisioterapia, Diogo Ribeiro conseguiu regressar aos treinos gradualmente e voltar de novo ao topo.


A partir de 2021/22, mudou-se para o Benfica, clube que tem representado e bem desde então. As conquistas estão à vista e o futuro adivinha-se muito promissor.


(Imagens: Reuters)