Num mundo onde o ritmo da vida muitas vezes nos arrasta para longe daqueles que mais amamos, a conclusão de um estudo feito pelos investigadores da Universidade da Califórnia mostra-nos a importância de estarmos próximos dos nossos.


A ideia de que o tempo de qualidade com a família é uma fonte de felicidade pode não ser universal - infelizmente, há quem não tenha uma boa relação com a família - mas está comprovado agora, com este estudo, que quem tiver sorte de ter uma boa relação com a família pode beneficiar de outras vantagens como a longevidade dos parentes.

Este estudo teve por base um grupo de 1600 adultos com uma média de idade de 71 anos.

Ao mergulharem na vida destas pessoas, os investigadores descobriram que há uma conexão profunda entre o tempo passado com aqueles que amamos e a extensão das suas vidas. Mesmo controlando os fatores socioeconómicos e de saúde de cada pessoa, os cientistas perceberam que a solidão era um sentimento que não olhava ao status das pessoas.

Não importa o quão rico ou pobre és, a solidão pode afetar-te e é um dos fatores que aumenta a taxa de mortalidade.

Quase 23% dos participantes deste estudo - e que eram os mais solitários - partiram seis anos após o início do estudo. E está também provado que a solidão mata tanto quanto o tabagismo, a obesidade e o sedentarismo.



Tal como refere Barbara Moscowitz, assistente social do Hospital Geral de Massachusetts, ao The New York Times, a necessidade de conexão humana nunca desaparece, independentemente da idade. "A necessidade de ter pessoas que nos conheçam, que nos valorizem, que nos tragam alegria nunca desaparece."


E agora, graças a esse estudo, temos evidências científicas sólidas para sustentar essa tese.


Quanto mais tempo passares com a tua mãe, pai, avó, avô, ou outro familiar maior a longevidade que lhes podes estar a dar.


Para ti, podem ser umas horas, para eles é tudo.