O amor entre avós e netos é algo inexplicável e consegue atingir níveis que desafiam a lógica. Recentemente, James Rilling, um verdadeiro Sherlock da ciência comportamental e antropologia, na Emory University, decidiu desvendar um dos maiores enigmas da existência: será que os avós preferem secretamente os netos aos próprios filhos?


O estudo em questão mergulhou profundamente na mente das avós, examinando 50 que juravam ter relacionamentos espetaculares e laços emocionais intensos com os netos. Utilizando ressonâncias magnéticas, Rilling captou as reações neurais das avós, enquanto elas viam fotografias dos netos, dos filhos e de crianças e adultos desconhecidos. O que é que as ressonâncias magnéticas revelaram? Que o cérebro das avós ficava mais agitado quando surgiam as fotografias dos netos.



Jodi Pawluski, especialista em neurociência e terapeuta francesa, ficou igualmente intrigada com estas descobertas. Numa entrevista à CNN, a especialista, que apesar de não fazer parte do estudo, revelou alguns pormenores interessantes. Ela afirma que há mudanças cerebrais significativas naqueles que partilham as suas vidas com crianças. Ou seja, não são apenas os pais que têm os seus cérebros reconfigurados quando uma nova criança chega ao mundo, mas também os avós, que são atingidos por ondas misteriosas de afeto.


Assim, enquanto desvendamos o enigma da preferência avó-neto sobre mãe-filho, uma coisa é certa: o amor de uma avó é um mistério que nem mesmo a ciência consegue decifrar completamente, só mesmo ressonâncias magnéticas carregadas de amor.