Mais uma marca a ver-se forçada a retirar um anúncio publicitário, depois de este ser acusado de sexualização de menores. Primeiro foi a Zara que, em dezembro, removeu uma campanha que mostrava estátuas cobertas por panos brancos, depois de ser acusada de semelhanças com imagens da guerra em Gaza. Agora, é a H&M.
Depois de terem colocado um anúncio com duas crianças vestidas de igual, a marca foi acusada de sexualização de menores. A campanha, lançada na Austrália, com a promessa "virar cabeças para ver a coleção de regresso às aulas da H&M" acabou por se tornar numa aula inesperada sobre sensibilidade publicitária.
Na imagem, duas meninas com vestidos iguais da marca foram o foco da controvérsia. As críticas começaram a surgir, acusando a H&M de promover a sexualização de menores através da campanha. Aparentemente, alguém levou a interpretação "virar cabeças" longe de mais e acabaram a acusar a marca de sexualização de menores.
"Qual é a intenção com este anúncio no Facebook? As meninas geralmente não querem 'virar cabeças'. Só querem ser deixadas sozinhas para aprender e se divertir e não chamar atenção indesejada pela sua aparência", criticou uma utilizadora no Twitter.
A retirada do anúncio veio acompanhada de um pedido de desculpas formal por parte da marca. Um representante da H&M expressou profundo arrependimento pelos "danos causados" e prometeu "prestar mais atenção à forma como irão apresentar as campanhas no futuro".
Curiosamente, os lucros da empresa têm vindo a diminuir, o que levanta a questão de se a estratégia de marketing audaciosa foi uma tentativa desesperada de impulsionar as vendas. Se sim, parece que não correu como o esperado porque acabaram por gerar controvérsia.