Boca de sino, justas, cintura alta, cintura baixa, os modelos são muitos e dificultam a escolha de muitas pessoas.

Se as calças de ganga são, para ti, uma peça de roupa indispensável no guarda-roupa então vais querer saber o impacto que estas podem ter no meio ambiente.


A Universidade de Tecnologia de Guangdong, na China, conduziu uma investigação para perceber o impacto que a moda de consumo rápido, mais conhecida por 'fast fashion', pode ter na pegada de carbono.

A investigação focou-se na produção e no ciclo de vida das calças, principalmente, e concluiu que estas são bastante prejudiciais para o meio ambiente.


O estudo teve em consideração o uso de água, a poluição química, as emissões de CO2 e o desperdício de têxteis.

O seguimento destes passos foi feito a partir das calças em algodão no estado mais puro até ao momento em que estas são incineradas.

Os cientistas concluíram que a produção de calças de ganga, feitas por marcas 'fast fashion', têm uma pegada de carbono 95 a 99 por cento mais alta do que aquelas produzidas de forma eticamente mais consciente.

“A pegada de carbono para consumo 'fast fashion' foi equivalente a 2.5kg de dióxido de carbono, onze vezes mais do que no consumo de moda tradicional. Isto significa que um par de calças consome 2.5kg de CO2, o equivalente a 6.4 milhas (cerca de 10 kms) de um veículo tradicional a gasolina”, refere o estudo.


Se estes números te confundem, 10 quilómetros demoram cerca de 6 minutos a percorrer, de carro.

O problema poderia não ser muito preocupante, se a maior parte das pessoas usassem as calças durante anos. Como sabemos, nem sempre é assim e a necessidade de querer seguir tendências torna, cada vez mais, a moda descartável.

Calças compradas em 'fast fashion' são usadas, em média, sete vezes enquanto que aquelas compradas nas lojas tradicionais são usadas cerca de 120 vezes.


O Dr. Ya Zhou, responsável pelo estudo, revelou ao Mail Online que “Mudar as tendências na moda leva as pessoas a comprar roupa de forma frequente e a usá-las por pouco tempo de forma a acompanhar estas mudanças” o que impacta o seu consumo.