Não foi chuva, nem granizo, o que caiu do céu no Irão foi mesmo invulgar.


No passado sábado, residentes em Yasuj foram surpreendidos por centenas de peixes a cair do céu, sim, leste bem, a água deu lugar a peixes e o chapéu de chuva passou a ser chapéu de peixe.


A notícia foi avançada pelo El Mundo e as redes sociais, como seria de esperar, não deixaram passar este momento inédito em branco e mostraram os habitantes a segurar nos peixes que ficaram no chão.


Entre reações e comentários ao fenómeno surgiram, de igual forma, teorias, muitas delas alarmistas, para o que teria acontecido.



Nada temas, a ciência decidiu interceder e explicar, realmente, o que está por detrás deste acontecimento no Irão.


A precipitação, como sabes, acontece normalmente, é natural, e dá-se quando o vapor de água da atmosfera condensa. Mas como se explica um fenómeno destes com seres vivos?


"Fenómenos mais extremos como ventos fortes ou tornados, podem produzir movimentos ascendentes muito fortes, fortes o suficiente para elevar animais de pequena dimensão" e, depois, fazê-los cair noutro sítio, respondeu Paulo Pinto, da Divisão de Previsão Meteorológica e Vigilância do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), ao PÚBLICO.


O IPMA veio ainda acrescentar, em declarações ao mesmo meio de comunicação que, nesta situação em particular, a culpa foi de uma tromba de água, “um fenómeno meteorológico que consiste num turbilhão de vento, muitas vezes violento”.


Mas esta não foi a primeira vez que se viu um fenómeno com estas dimensões.


Em fevereiro de 2023, uma cidade australiana deparou-se com peixes numa estrada, mas a lista destes acontecimentos raros continua.


Em 2007, ao invés de peixes, apareceram rãs em Alicante, Espanha.


Em 1968, foram canários nos Estados Unidos da América, e, 10 anos após esse fenómeno, surgiram caranguejos na Austrália.


(Imagens: Reprodução de Vídeo - Rede Social X)